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Doutorado em teatro
Udesc selecionará dez alunos para a primeira turma, que inicia em março

A partir de março de 2009, Florianópolis será a primeira cidade da região Sul do país a oferecer um doutorado em Teatro. As inscrições para o curso inédito oferecido pela Udesc já estão abertas e podem ser feitas até 24 de outubro.

O doutorado da Udesc selecionará 10 alunos para a turma inicial do curso. O processo que definirá o nome dos primeiros doutorandos em Teatro em Santa Catarina inclui uma prova teórica e entrevista com os aprovados na primeira fase. O pré-requisito, como em todo doutorado, é que o candidato já tenha concluído o mestrado.

As vagas serão distribuídas entre as linhas de pesquisa Linguagens Cênicas, Corpo e Subjetividade e Teatro, Sociedade e Criação Cênica. Segundo o coordenador do curso, Milton de Andrade, a indisciplinariedade será uma das marcas do currículo do doutorado, com destaque para a pesquisa de temas como teatro de animação e a relação entre o teatro e a comunidade.

- O doutorado vai permitir a formação de profissionais com capacidade crítica aguçada, além de propiciar um trânsito de pesquisadores da área. Essa função agregadora traz um diferencial para a cultura da cidade e do Estado - avalia o coordenador.

Integram o corpo docente, ainda, os professores doutores André Carreira, Antonio Carlos Vargas SantAnna, Beatriz Angela Cabral, Edélcio Mostaço, José Ronaldo Faleiro, Márcia Pompeo Nogueira, Milton de Andrade, Valmor Beltrame e Vera Collaço, e os professores visitantes Oscar Conargo Bernal (da Espanha) e Marcelo da Veiga (da Alemanha).

Funcionam no Estado quatro faculdades de Artes Cênicas

Com a abertura do curso aprovada pelo Conselho Técnico Científico da Capes (Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) no final de julho - depois de dois anos de tentativas e um "não" a um dos projetos apresentados - Santa Catarina dá mais um passo para tornar-se referência no ensino e pesquisa do Teatro.

Hoje funcionam no Estado quatro faculdades de Artes Cênicas, oferecidas por universidades particulares - Universidade do Oeste de SC (Unoesc) e Universidade Regional de Blumenau (FURB) - e públicas - Udesc e UFSC, onde o curso foi inaugurado em março desse ano. Outra opção acadêmica na área é o Mestrado em Artes Visuais, também disponibilizado pela Udesc.

Florianópolis será segunda cidade fora do eixo Rio-São Paulo a ter doutorado na área em sua grade de cursos. Atualmente a titulação só pode ser obtida na Unicamp (SP), USP (SP), Unirio (RJ) e UFBA (BA).

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O que dizem os atores

NAZARENO PEREIRA

Ator, formado pela primeira turma de Artes Cênicas da Udesc, em 1990

- Para nós que estamos fazendo teatro em Floripa, esse curso só vem contribuir. A primeira faculdade de Artes Cênicas na cidade, por exemplo, foi um divisor de água. Hoje é até difícil conseguir espaço em um teatro para fazer uma temporada, tamanha é a procura dos grupos. Que façam doutores que fiquem por aqui".

JEFFERSON BITTENCOURT

Diretor da Persona Cia. de Teatro e do projeto Trilogia Lugosi

- Investir em conhecimento é sempre importante, mas acho necessário que isso possa se reverter para a comunidade. Talvez esse seja um bom momento para se repensar a própria faculdade de Artes Cênicas e como sua produção é absorvida por quem está fora da universidade".

CARMEN FOSSARI

Atriz, pesquisadora e diretora de Espetáculos do Departamento Artístico Cultural da UFSC

- Acho super importante. O conhecimento é que faz a realidade mudar. Aprimorar a educação no Brasil é imprescindível".

Inscrições

O formulário de inscrição para processo seletivo do Doutorado em Teatro da Udesc está disponível na página do curso, o www.ceart.udesc.br/ppgt. Os formulários devem ser enviados por correio à secretaria do programa até o dia 24 de outubro ou entregues pessoalmente no local. O endereço é Av. Madre Benvenuta, nº 2007, Bairro Itacorubi, Florianópolis, CEP 88035-001. Os candidatos devem anexar ao material o comprovante do pagamento da taxa de R$ 75, emitida através do site da Secretaria de Estado da Fazenda (www.sef.sc.gov.br). Outras informações pelo telefone (48) 3321-8353



Fonte: Diário Catarinense / Variedades / setembro de 2008
Autor(a): Karine Ruy

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Notificação: 211/94 - 122/98

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Decreto nº: 5.923 de 21 de novembro de 2002.

Senado debate lei abrangente para toda a cena teatral

Chega à reta final na Comissão de Educação e Cultura o ciclo de audiências públicas sobre esse tema de interesse nacional

Beth Néspoli

Mais uma etapa na mobilização dos artistas em torno de políticas públicas ocorreu no início da semana passada numa audiência pública acompanhada pelo Estado, na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal, presidida pelo senador Cristovam Buarque. Foi a penúltima, como informa na entrevista abaixo a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que presidiu a sessão a pedido de Cristovam Buarque - presente apenas na abertura.

Na mesa de debate estavam o diretor Amir Haddad, que fez um longo discurso muito aplaudido; a atriz Irene Ravache; Ney Piancentini, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro; Tatyana Laryssa Rubim, produtora de teatro de Minas Gerais; Odilon Wagner, vice-presidente da Associação de Produtores Teatrais Independentes de São Paulo; e Oseas Borba Neto, representante do teatro no Conselho Nacional de Politicas Culturais.

Primeiro a falar, Piacentini lembrou convergências anteriores, como a ocorrida em 2005, quando 119 entidades unidas naquela mesma comissão no Senado, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), conquistaram um financiamento público para o teatro por meio do edital Miriam Muniz.

O debate acirrou-se a partir de março deste ano, quando críticas à Lei Rouanet e ao MinC ganharam as páginas dos jornais. A classe artística mobilizou-se, dividiu-se em segmentos, apresentou diferentes anteprojetos de lei. Dois deles já haviam sido entregues à comissão antes da audiência de terça-feira. Um, baseado em renúncia fiscal, foi entregue pela Associação de Produtores Teatrais do Rio (APTR). Outro, elaborado pelo movimento Redemoinho e defendido por Piacentini, baseia-se em recursos da União.

Piacentini fez um apelo ao senadores para que não aprovassem mais uma lei de incentivo fiscal ´que vai reproduzir os vícios da Lei Rouanet´. Citou o trecho final do editorial do jornal Estado sobre o tema, publicado no dia 24 de abril: ´Em vez de aprofundar esse sistema, melhor seria rever o modelo adotado, redefinindo o papel do Estado no campo da cultura e as fontes de financiamento do setor.´

A produtora Tatyana defendeu a não radicalização. ´Empresários nos apoiaram quando não havia nada, só as leis de incentivo. Acho ruim que agora sejam todos tratados como prejudiciais. Parcerias foram conquistadas. Desmoronar tudo num curto prazo me parece catastrófico.´ Apontou a ´ausência´ do MinC na criação de políticas públicas e a lentidão na aprovação de projetos na Funarte - ´um dos motivos que estagnaram nossa atividade´ - como razões para defender uma lei específica e a criação de uma secretaria para o setor.

Depois de pedir licença para falar em primeira pessoa, Irene Ravache lembrou que começou a fazer teatro em cima de um caminhão, no Centro Popular de Cultura, com Oduvaldo Viana Filho. Contar sua trajetória foi a maneira de mostrar mudanças nas formas de produção, que passaram do empréstimo bancário às leis de incentivo. E o fez para enfatizar que o bom teatro sempre tem relevância. ´Todo teatro é importante. Me ofende particularmente quando alguém diz que determinado teatro não é modificador. é, sim. E muito.´

Oseas Borba Neto chamou atenção para as dimensões continentais do Brasil. Pediu que tivesse ´no mínimo um representante de cada região em todas as audiências´. E entregou à mesa outro anteprojeto de lei, elaborado a partir das Câmaras Setoriais, que ele mesmo definiu como ´muito semelhante ao do Redemoinho´.

Odilon Wagner buscou agregar. ´Nós, da APTI, trabalhamos sim com a visão de mercado. Dentro do teatro há muitas vertentes, mas uma não exclui a outra. As divergências não estão entre nós.´ E centrou suas críticas no MinC. ´Fundo ou lei de incentivo é dinheiro público, não tem diferença. O problema está na gestão. Quem é o responsável? Quem não fez a reforma da lei pedida há tanto tempo? Quem aprova as distorções? A gestão é do governo e aí está o problema. Por isso, queremos uma secretaria, para criar políticas para todos os segmentos.´

Amir Haddad aproveitou seu trânsito por diversos segmentos - ´Num mesmo dia estou atuando pela manhã na rua, cercado de mendigos e, à tarde, estou na suíte de um hotel como diretor de peça patrocinada´ - para traçar um amplo panorama das dificuldades do setor. ´Eu não tenho medo de briga, do argumento, da discussão. Existe uma postura idealista, segundo a qual tudo tem de correr num mar de rosas. Isso não é verdade, evita olhar as diferenças e a pensar de maneira maior.´

FONTE: O Estado de S.Paulo / Caderno 2 - 10 de maio de 2008