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Cultura significa cultivar, cuidar. E é isso que estamos fazendo hoje no Brasil, cuidando da nossa arte, da nossa identidade, dos nossos saberes e ofícios. Participar desse cultivo ficou mais simples e interessante. Quando o Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, resolveu dividir o Brasil em centenas de pontos, a realidade era diferente.

O Programa Cultura Viva promove uma autonomia de gestão entre os diversos grupos, gera a inclusão social por meio de atividades culturais e alcança adultos, idosos, jovens e crianças com suas ações.

A idéia é atender iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil, que firmam convênio com o Ministério da Cultura - MinC, por meio de seleção por editais públicos. O Programa começou em 2006 e hoje existem mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo país.

Os Pontos de Cultura formam uma rede para trocar informações, experiências e realizações. As Instituições proponentes entram com os espaços, a gestão e o compromisso de desenvolver um trabalho com responsabilidade e transparência.

Cada canto tem suas manifestações, belezas, cheiros, ofícios e sons. A divisão feita pelo Programa Cultura Viva não serviu para separar, mas sim para valorizar a cultura do Brasil. O Ponto, que antes fazia um trabalho isolado, agora troca, passa pra frente e agrega vários elementos.

Em Santa Catarina são 17 localidades que se tornaram Pontos de Cultura. A partir do ano que vem o Estado tem o compromisso de mapear e contemplar mais 60 instituições. Esse compromisso foi firmado pelo Governo Estadual, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, com o Ministério da Cultura e o edital está sendo finalizado.

Os 17 Pontos já existentes em SC desenvolvem um trabalho nas mais variadas áreas: produção audiovisual, confecção e animação de bonecos manuais, cultura nativista, cultura digital, identidade cultural e memória oral. Tudo isso já formou uma rede que tende a crescer cada vez mais.

Para a articulação, troca de experiências e comunicação entre os Pontos, aconteceu em Itajaí nos dias 26, 27 e 28 de setembro, o 1º Fórum Catarinense dos Pontos de Cultura. O evento reuniu agentes culturais, produtores e artistas de todo o Estado.

O Fórum foi um momento de trocas e articulações envolvendo a cultura, educação e comunicação entre os Pontos. O encontro ocorreu como uma pré-etapa do Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, realizado na Teia, evento que reúne todos os Pontos de Cultura do Brasil, e este ano será realizado em Brasília, entre os dias 12 e 16 de novembro.

A princípio, o fórum atenderia somente as instituições conveniadas ao MinC, mas o convite foi aberto aos representantes das associações culturais e artistas independentes, pela necessidade de se apresentar o trabalho do Programa Cultura Viva e de expor as idéias do novo edital.

Durante os três dias de encontro, foram feitas análises dos programas de apoio à cultura no Brasil e no Estado, questões dos convênios e sustentabilidade, ações de educação e comunicação, organização de uma agenda para a rede estadual de Pontos de Cultura, bem como o papel do Estado de Santa Catarina a partir dos novos convênios. Outra questão discutida foi a participação dos representantes na Teia deste ano.

Os representantes se reuniram em dois grupos de trabalho para a elaboração de um documento que foi encaminhado para os gestores culturais do Estado, assim como para o MinC e a FCC, com o objetivo de apresentar as deliberações da plenária do Fórum.

Estiveram presentes: Ponto de Cultura Memória e Identidade, de Itajaí; Ponto de Cultura TV Floripa; Ponto de Cultura Anima Bonecos, de Rio do Sul; Ponto de Cultura Nativa no Caminho das Tropas, de Lages; Ponto de Cultura Loja de Artesanato do Museu Nacional do Mar - EB, de São Francisco do Sul; Ponto de Cultura Portal Cultural do Contestado, de Canoinhas; Pontão Minuano, de Porto Alegre; Pontão Digital Ganesha, de Florianópolis; Associação Cultural Baiacu de Alguém, de Florianópolis; Cineclube de Palhoça; Ateliê Clara Lua Cheia, Imcarti e NEFA, de Itajaí; Casa Brasil, de Blumenau, Joinville e Florianópolis, Seção se Arte e Cultura da Universidade do Vale do Itajaí e Fundação Catarinense de Cultura - FCC.

06/11/2008 - Há 15 dias em Santa Catarina, o cineasta Sylvio Back está rodando o documentário O Contestado - Restos Mortais, 37 anos depois de ter realizado A Guerra dos Pelados (1971), uma ficção sobre o mesmo tema.

Hospedado no hotel Esplanada do Contestado, no município de Caçador, Back fala sobre esta opção:

O Contestado ainda não entrou na corrente sangüínea da historiografia brasileira - diz, em entrevista concedida por telefone na manhã de ontem.

Há quatro anos dedicado à produção do longa, o diretor está fazendo um filme essencialmente documental, com entrevistas com remanescentes da época, material iconográfico e imagens, incluindo material inédito. Uma das descobertas de Back são imagens de cinema de alguns segundos do sepultamento do capitão João Gualberto, que morreu num confronto com as tropas de João Maria, e outros filmes realizados pela Lumber, empresa construtora da ferrovia que está no centro do conflito, que ocorreu no interior do Paraná e Santa Catarina entre 1912 e 1916.

Não há praticamente mais testemunhas oculares vivas. As entrevistas com os "velhíssimos", conforme Back denomina, inclui um pequeno grupo de pessoas de 80 a 103 anos de idade. Além de depoimentos de moradores da região, o cineasta vai finalizar o documentário em Florianópolis com entrevistas com estudiosos sobre o tema. Estes depoimentos incluem a fala do norte-americano Todd Diacon, brasilianista, vice-reitor da Universidade de Tennessee, e entendido da guerra do Sul.

O cineasta blumenauense reflete que o conflito do Contestado é inesgotável e que outros diretores já visitaram a região dispostos a tratar do assunto, mas desistiram da empreitada.

Não basta ler apenas um livro para absorver a complexidade do tema - diz ele.

Back considera que o seu interesse não é só pelo fato de ele ser catarinense, mas por ser "um cineasta cuja obra é seduzida pela ânsia de reverter as falácias e o esquecimento da história oficial".

O Contestado - Restos Mortais não é um documentário com a narrativa habitual de Back, que combina a ficção em seus docudramas. O que é certo é que o filme vai ter começo, meio, fim.

Não necessariamente neste ordem, como diria Godard (Jean Luc Godard, cineasta francês), brinca Sylvio Back.

Além de Back, o diretor de fotografia Antonio Luiz Mendes e o assistente de direção Zeca Pires estão trabalhando no trecho entre Porto União e Lages, ao longo da estrada de ferro, e no Vale do Rio do Peixe para a produção do longa.

A previsão é que O Contestado - Restos Mortais tenha uma duração final de 80 minutos e fique pronto no primeiro semestre de 2009.

Foto / Diário Catarinense: O diretor Sylvio Back (de chapéu) e o assistente de direção Zeca Pires (usando fones) filmam entrevista com Dona Rosalina, 98 anos, em Canoinhas

O Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina, da Universidade Comunitária Regional de Chapecó (CEOM/UNOCHAPECó), realiza o seminário Cultura, Memória e Patrimônio no Oeste Catarinense, aprovado no edital Seminários sobre patrimônio, memória e sociedade nos museus, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O evento ocorrerá entre os dias 15 e 17 de outubro.

A programação do seminário inclui conferências, mesas-redondas e oficinas. Estarão presentes profissionais de várias instituições do país, como a própria UNOCHAPECó, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) e o Departamento de Museus e Centros Culturais (Demu) do Iphan. Os encontros acontecerão durante a totalidade dos três dias, perfazendo uma carga horária de 24 horas, excluindo as oficinas (4 horas para cada uma das nove).

As inscrições para o seminário já estão abertas e devem ser feitas pelo endereço www.unochapeco.edu.br/inscricoes .

Mais informações com o CEOM, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A UNOCHAPECó fica na Avenida Senador Attílio Fontana, 591, em Chapecó (SC).

Os recursos mais criativos e inovadores do teatro vão estar em cena a partir de hoje em Jaraguá do Sul, com a abertura do 8o Festival de Formas Animadas. Até sábado, a cidade receberá grupos que vêm se destacando no Brasil e também em países vizinhos.

A programação do festival ocorre pela manhã, tarde e noite, tanto nos teatros da Sociedade Cultura Artística (Scar), quanto em espaços públicos, como terminal urbano, Museu da Weg, espaço cultural do Supermercado Angeloni e praça ângelo Piazera. A largada fica a cargo da Turma do Papum, de Florianópolis, que se apresenta às 8h30, na Scar.

à noite, é a vez do grupo argentino-chileno El Chonchón ocupar o palco principal do local com o espetáculo "Juan Romeo y Julieta María". A trupe do El Chonchón também traz "Los Bufos de la Matiné", que poderá ser visto no teatro e na praça ângelo Piazera.

A participação internacional terá, ainda, a presença dos peruanos do Teatro Hugo e Inés com a peça "Cuentos Pequeños". Entre os representantes brasileiros, os destaques ficam com os grupos XPTO, de São Paulo, que irá encerrar o festival no sábado, às 20h30, com o espetáculo "Utopia - Terra de Dragões"; o Anima Sonho, de Porto Alegre; e Tato Criação Cênica, de Curitiba.

Mas o diferencial do festival não pode ser visto nos palcos. Desde a terceira edição, o evento promove seminários em paralelo às apresentações. Com o tema "Teatro de Formas Animadas e suas Relações com as Outras Artes", o encontro deste ano terá a participação de profissionais de diversas regiões e pesquisadores da Udesc - responsável pela organização do seminário - Unicamp e USP, além do lançamento da 5a edição da revista "Móin-Móin". O seminário ocorre amanhã, sexta e sábado, na sala multimídia da Scar. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou durante o evento.

Saiba mais
Utopia em cena
A montagem do grupo XPTO é voltado ao público infantil. Três palhaços partem em busca de "Utopia", um mundo esquecido habitado por cinco dragões. Com canções, danças, e bonecos de grande porte, 12 atores abordam questões ligadas à cidadania, ao meio ambiente e ao respeito das diferenças.
Serviço
O QUê: 8º Festival de Formas Animadas.
QUANDO: de hoje até sábado.
ONDE: Sociedade Cultura Artística (Scar), terminal urbano, Museu da Weg, espaço cultural do Supermercado Angeloni e praça ângelo Piazera.
QUANTO: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada para estudantes e maiores de 60 anos). Grupos de escolas que agendarem participação não pagam entrada.
MAIS INFORMAçõES:(47) 3275-2477.

O Senado Federal aprovou, no último dia 1º, a lei que torna a profissão de restaurador de bens culturais regulamentada. O projeto é de 2007, de autoria do senador Edison Lobão (PMDB-MA), e dá status de nível superior para a profissão, além de criar para ela reservas de mercado.

A inspiração para o projeto foi o Centro de Conservação e Restauração da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), único estabelecimento de ensino superior da área reconhecido pelo Ministério da Educação. Recentemente, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) anunciou o lançamento de curso superior tecnológico de Conservação e Restauro, com 34 vagas disponíveis.