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Edital 02/2010 altera Edital 01/2010

Decreto N° 7439, de 24 de abril de 1979

Lei Complementar n.381

 Ou acesse o site oficial do concurso: http://www.fcc.ieses-sc.org.br/

CONCURSO PÚBLICO EDITAL 002/2010 – 07 DE ABRIL DE 2010

Coordenadora de preservação da Cinemateca Brasileira, Maria Fernanda Coelho está em Florianópolis até sexta-feira, dia 8, prestando consultoria ao Museu da Imagem e do Som, situado no Centro Integrado de Cultura (CIC), numa iniciativa do programa SiBia. Após uma série de análises sobre conteúdo e condições físicas, a consultora assegurou as boas condições de conservação do estabelecimento local, ressaltando a necessidade de continuidade do investimento para manutenção do bom prognóstico. O MIS compõe a estrutura da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

O diagnóstico demonstrou as excelentes possibilidades de conservação, por várias décadas, inclusive, sobretudo após a reunião de especialistas em cada área de conservação. Formada em museologia e cinema em São Paulo, Maria Fernanda destacou ainda as quatro palavras chave para a compreensão de qualquer processo de manutenção: recolher, documentar, conservar e difundir.

Para Ronaldo dos Anjos, técnico que recebeu a consultora, o principal destaque do acervo do MIS catarinense são os cine jornais da região, entre fins a década de 50 e 60, e alguns materiais da década de 70. Além disso, há ainda as produções regionais da Produtora Carreirão, os filmes atuais, premiados no edital da Cinemateca, e as imagens de Hamilton Martinelli - que reúne produções locais, e filmes sobre Victor Meirelles e Cruz e Sousa, por exemplo.

Maria Fernanda ressaltou a importância de preservação do material regional sob dois aspectos: refletem a vida local e jamais são conservados em outros lugares, a não ser suas próprias regiões de origem. A consultora comentou ainda o caráter inicial do reconhecimento do museu, em fase de catalogação, e ainda carente de imagens domésticas no acervo, referências sociais, bem como filmes comerciais. Tecnicamente, segundo o veredicto, há apenas a obrigatoriedade da seqüência, estabelecendo uma equipe fixa de profissionais, definindo procedimentos e políticas de acesso.

Acumulando visitas a acervos variados desde 1986, a consultora aponta como principal evolução as transformações no nível da consciência por parte das instâncias importantes. Em sua opinião, o cinema já deixou de ser visto apenas como entretenimento para ser encarado também como história e memória. O necessário agora, frisa, são ações propositivas de conservação.

A experiência também permitiu o reconhecimento de certa desigualdade: a conservação aumenta de acordo com a proximidade do eixo principal. Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba são as cidades que alcançam maior destaque positivo. O ponto comum entre todos os estados, entretanto, ainda é a necessidade de investimentos mais maciços. Os audiovisuais domésticos, por exemplo, precisam de esforço extra para registro, afinal estão entre os de mais difícil acesso, já que não são divulgados em qualquer tipo de mídia. Afinal, alerta a profissional: "tudo isso é memória, a nossa história".

O MIS já solicitou a ampliação do espaço físico, juntamente à próxima reforma do prédio do CIC. O alargamento dos espaços já está na planta, e servirá tanto para comportar o acervo quanto para divulgá-lo, construindo territórios específicos para exposição. A comemoração dos dez anos do Museu, em 24 de setembro, contará com adequação física dos espaços já existentes, com o acréscimo de iluminação diferenciada, apta a comportar exposições de fotografias.

Foto: Márcio H. Martins / acervo MIS/FCC

Já está nas ruas a edição número 68 do jornal O Catarina, com um material especial sobre Franklin Cascaes. Produzido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), assinado pelas editoras Deluana Buss e Jade Martins Lenhart, o veículo tem distribuição gratuita. Também está disponível na internet, aqui mesmo no site da FCC, no link Downloads. Quem quiser ser assinante e receber seu exemplar em casa, sem custos, precisa apenas encaminhar uma solicitação com o endereço de correspondência completo para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Abaixo, o editorial do O Catarina Especial Franklin Cascaes:

"Andarilho, escritor, viajante, prosador, folclorista, observador, escultor, desenhista, Franklin Cascaes foi vários, e todos ao mesmo tempo. Autor de trajetória sincrética, com atuação em múltiplas fronteiras da cultura catarinense, abraçando cada desdobramento com convicção, construiu-se como sujeito com o mesmo ímpeto com que revelou e consolidou a identidade do Estado, enfatizando os pormenores da cultura açoriana. Sua colaboração, valiosa, precisa, firme, permitiu o desvelamento e o resgate de causos, gentes e lendas engolidos pelo asfalto selvagem da modernidade.

Abastecido do bloquinho de folhas gastas, e com o ouvido sempre atento aos contos alheios, Francolino, apelido nas vilas onde costumava se perder entre dados já quase gastos pelo tempo, deixou à Ilha de Santa Catarina um legado da importância do seu amor e respeito: sua literatura, faminta em denunciar a forma da fala local, em todas as escolhas e modulações; suas pesquisas exaustivas, coletadas em diálogos de frente para o mar ou em noites de lua cheia; suas esculturas minuciosas, recriando formas e encantos típicos da cultura açoriana, já quase perdidos na névoa do contemporâneo. Mais do que relatar, recriar, repassar, Franklin Cascaes ajudou a nos construir.

é com muita felicidade que apresentamos a primeira edição especial do jornal O Catarina, a estréia de uma série que pretendemos lançar ao longo do próximo ano. O suplemento homenageia o centenário de nascimento do nosso plural e rico homem, nascido em Itaguaçu, logo após o bairro de Coqueiros, quando a região ainda pertencia ao município de São José, e não a Florianópolis. Para homenagear a pluralidade da personagem com a consistência merecida, convidamos um grupo de especialistas para discorrer sobre algumas das mais ousadas facetas do pesquisador. A separação por atuação, então, objetivou justamente acentuar tal diversidade: demarcar o posicionamento oceânico de Franklin Cascaes para a solidificação da nossa identidade cultural. O objetivo aqui é revelar os arredores das andanças do catarinense, expandindo

seus limites, geográficos e temáticos, assinalando suas escolhas, difíceis e corajosas.

Na primeira matéria, de Emerson Gasperin, um perfil com a trajetória biográfica e as curiosidades da vida do escritor, que morreu lutando pela preservação da nossa cultura. O texto seguinte, da historiadora Aline Carmes Krüger, narra o detalhista ofício de pesquisador, envolvido com a coleta e narrativa das lendas e tradições que ajudaram a nos transformar naquilo que somos hoje. Na seqüência, a professora Kellyn Batistela discorre sobre Franklin Cascaes - o escritor, aquele que, sentado à frente de uma resma de papel, debatia-se para conseguir transformar em literatura os causos ouvidos em andanças sem fim pelas comunidades. Para finalizar a primeira metade da edição, O Catarina apresenta uma entrevista com o antropólogo Eugênio Lacerda, vislumbrada a partir de uma dúvida que explica nosso empenho na elaboração deste especial: o mundo contemporâneo ainda consegue abarcar a multiplicidade do folclore e da tradição?

Dando continuidade à priorização do caráter plural da trajetória do folclorista, o texto de Péricles Prade, presidente do Conselho Estadual de Cultura, discorre sobre os contornos exclusivos das gravuras de Franklin Cascaes. Em seguida, a conservadora-restauradora Vanilde Rohling Ghizoni comenta sua produção artística, agora nas artes plásticas. O Catarina Especial Franklin Cascaes ainda traz à tona uma resenha literária elaborada pela professora Tânia Regina de Oliveira Ramos, doutora em Teoria Literária, sobre o livro 13 Cascaes, compilação de contos com base na obra do autor, organizada pelos escritores Salim Miguel e Flávio José Cardozo, além de um texto do próprio Franklin Cascaes, pequena amostra do talento multifacetado do catarinense.

Esperamos agradá-los comeste primeiro especial: relembrar o centenário de Franklin Cascaes é apenas o nosso primeiro passo no resgate de personagens e cenas que marcaram e continuam marcando a história de Santa Catarina. Boa leitura!"

Documentários inéditos serão exibidos durante a próxima semana

13/08/2008 - Idealizado pelo Itaú Cultural, o projeto Cinco sobre Cinco - Documentários chega à Santa Catarina pela primeira vez, agora com parceria da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), através do Museu da Imagem e do Som (MIS). No decorrer da próxima semana, serão apresentados cinco documentários, a partir de segunda-feira, sempre com entrada gratuita, às 19 horas, na Sala Multimídia do MIS, no Centro Integrado de Cultura (CIC).

O primeiro filme é Margem, da diretora Carioca Maya Da-Rin, com 54 minutos de duração. Lançada em 2007, a obra retrata a navegação lenta de uma embarcação durante dois dias e três noites pelo rio Amazonas. A travessia acompanha a fronteira do Brasil com a Colômbia, dirigindo-se à cidade peruana de Iquitos. A margem se revela diante da câmera à medida que os passageiros divagam sobre um território de múltiplas feições em constante transformação. A exibição acontece segunda-feira, e vai contar com a presença da diretora, que abrirá sessão de debates.

Na terça-feira é a vez do paulistano Histórias de Morar e Demolições, de André Costa. Compondo o enredo, quatro famílias de malas prontas: suas casas foram vendidas para um incorporador imobiliário e serão demolidas em breve. Para guardar as histórias vividas ali, os moradores resolvem registrar objetos, cômodos e recantos preferidos, iniciando videografias domésticas ou contratando uma pequena empresa de vídeo.

Quarta-feira, dia 20 de agosto, o MIS apresenta Eu vou de volta, de Camilo Cavalcante e Cláudio Assis, pernambucanos de renome no cenário audiovisual brasileiro. Também produzido em 2007, o filme relata duas viagens realizadas simultaneamente em ônibus clandestinos: a ida de Caruaru, maior cidade do agreste pernambucano, até São Paulo, e a volta de São Paulo a Caruaru. Os fluxos e refluxos dos passageiros migrantes parecem comportar, em essência, as movimentações próprias da vida, com suas pequenas vitórias e derrotas individuais, além de revelar pulsões para a mudança.

Quinta-feira, dia 21 de agosto, o filme da noite é Procura-se Janaína, da diretora Miriam Chnaiderman. O filme parte de uma constatação triste: há crianças sem lugar no mundo. São crianças entregues a instituições, com desenvolvimento fora dos padrões esperados. Não são portadoras de deficiências, mas também não apresentam um desenvolvimento dito normal. O enredo enfoca Janaína, menina negra, pobre e moradora da Febem dos anos 1980, quando então se debatia no berço, incapaz de manter contato com os outros. Depois de vinte anos, uma pergunta impulsiona a obra: onde estará Janaína hoje?

O último documentário contemplado pelo projeto, na sexta-feira, dia 22 de agosto, é Diário de Sintra, de Paula Gaitán, companheiro do cineasta brasileiro Glauber Rocha durante seu exílio voluntário em Sintra, cidade de Portugal. O filme é composto de registros do presente e do passado, apresentando fragmentos de filmes Super-8 e fotos realizadas em 1981, época do exílio. Paula, artista visual e cineasta, produz e reúne o material, retornando à cidade portuguesa, onde constrói imagens em movimento, repletas de significações particulares: sobreposição de tempos, imagens, memória afetivas, camadas ficcionais, documentos múltiplos e variados.

SERVIçO:

O quê: Projeto Cinco sobre Cinco - Documentários

Quando: De segunda, dia 18, a sexta, dia 22 de agosto, sempre às 19 horas.

Local: Sala Multimídia, do Museu da Imagem e do Som (MIS), no Centro Integrado de Cultura, CIC. Av. Gov. Irineu Bornhausen, nº 5600, Agronômica, Florianópolis. Telefone: (48) 3953-2525.
Quanto: gratuito

Termina em 31 de março o prazo de inscrições para o Edital dos Pontos de Cultura, fruto de parceria entre o Governo Federal e o Governo do Estado de Santa Catarina. A seleção, aberta desde 3 de novembro, é destinada às instituições da sociedade civil responsáveis por ações de caráter cultural, sem fins lucrativos.

O edital vai selecionar 60 projetos para conceder apoio financeiro, que será de até R$ 180 mil por projeto, distribuídos em um período de três anos. Ao todo serão investidos R$ 10,8 milhões, recursos oriundos do Programa Mais Cultura - Pontos de Cultura e do Governo do Estado. Todos os projetos deverão ser provenientes de entidades de caráter cultural, que explorem diferentes meios e linguagens artísticas, empenhadas na inclusão social e na construção da cidadania, seja com geração de emprego e renda, seja por meio de ações de fortalecimento das identidades culturais.

O ponto de cultura deverá funcionar como um instrumento de pulsão e articulação de projetos já existentes nas comunidades de Santa Catarina, desenvolvendo ações continuadas em pelo menos uma das seguintes áreas: culturas populares, grupos étnico-culturais, patrimônio material, audiovisual e radiodifusão, pensamento e memória, culturas digitais, gestão e formação cultural, expressões artísticas e/ou ações transversais. O prazo de validade das propostas habilitadas será de dois anos, a partir da publicação do resultado.

A seleção é voltada para pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, legalmente constituídas, de natureza cultural: associações, sindicatos, cooperativas, fundações privadas, escolas comunitárias e suas associações de pais e mestres, ou entidades tituladas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e Organizações Sociais (OS). A entidade candidata deve ter atuação comprovada na área cultural há pelo menos dois anos no Estado de Santa Catarina.

A avaliação técnica do projeto será realizada por comissões compostas por representantes do Governo do Estado e especialistas da sociedade civil, indicados pelo Conselho Estadual de Cultura, com reconhecida competência nas áreas. Todos os critérios para a seleção estão disponíveis no Edital.

Informações detalhadas sobre o Edital estão no link "Downloads" do site da Fundação Catarinense de Cultura (www.fcc.sc.gov.br), ou no site www.sol.sc.gov.br.

Mais informações: (48) 3212-1900 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.