Em 2014 fez 10 anos que o show de humor Teatro de Quinta estreou em Florianópolis. Inicialmente era apresentado em bares como os extintos Café Matisse e Mecenas Bar, toda quinta-feira, mas aos poucos o boca-a-boca foi espalhando a notícia de um elenco de humor ácido e atrevido. Os bares passaram a não suportar a enorme plateia, então o elenco passou a se apresentar em teatros como o da Igrejinha, o da Ubro e o TAC.
Na apresentação do dia 29 de janeiro o público poderá matar as saudades do cobrador de ônibus galã Cleosvaldo, da constantemente estressada atendente de aeroporto Heide, da Irmã Frida, a freira que dá aula de educação sexual, da diarista avaiana Janeide, da tirolesa risonha Lorelei, entre outros números e personagens. No elenco estarão André Silveira, Milena Moraes, Malcon Bauer, Grazi Meyer, Monica Siedler e Renato Turnes.
Na imagem, alguns dos personagens mostram um pouco da sua personalidade nas famosas selfies.
Espetáculo produzido pela NP Produções, estreou em 2014, em Florianópolis. Hipotermia é um espetáculo solo interpretado pelo ator Nazareno Pereira, que se lançou a este desafio em comemoração aos seus 30 anos de palco.
O texto foi escrito durante uma Oficina de Dramaturgia do Sesi Curitiba, orientada pelo dramaturgo e diretor teatral Roberto Alvim. Segundo Roberto Alvim, “os textos produzidos no Núcleo de Dramaturgia do Sesi estão entre o que há de mais revolucionário na dramaturgia contemporânea internacional e, muito em breve, irão conquistar o lugar que lhes é próprio no panorama do teatro do século XXI”. Júlio Maurício destaca que “a peça coloca em cena um homem com seus conflitos, reflexões e lembranças diante do desalento da morte”.
Para essa montagem, Zilá Muniz, doutora em Teatro, foi convidada para desenvolver o trabalho de corpo. Segundo Zilá, “o corpo em Hipotermia é uma complexa rede de pulsões, intensidades e fluxos de energia”.
A ambientação sonora ficou a cargo de Hedra Rockembach que buscou uma ambiência para ordenar a desordem de pensamentos. A trilha sugere o tempo do relógio para que cada espectador vivencie o seu tempo.
O cenário ficou a cargo de Fernando Marés, que confinou o personagem em um pequeno espaço de dois metros quadrados, sugerindo prisão e frio. A iluminação ficou a cargo de Domingos Quintiliano, que reforçou com o trabalho de luz a frieza e o confinamento no espaço.
FICHA TÉCNICA
Autor: Max Reinert
Diretor: Júlio Maurício
Ator: Nazareno Pereira
Trabalho de Corpo: Zilá Muniz
Cenografia: Fernando Marés
Desenho de luz: Domingos Quintiliano
Ambientação Sonora: Hedra Rockenbach
Figurino: Júlio Maurício
Execução de Cenário: Sérgio P. Candido
Operador de Som: Mariana Candido
Montagem e Operação de Luz: Andrés Tissier
Contra regra: Valdir Silva
Fotografia: Sérgio Vignes
Projeto Gráfico: George Alberto Peixoto e Maurício Peixoto
O espetáculo estreou em agosto de 2011, em Florianópolis, com atuação de Andréa Padilha e direção do inglês John Mowat. A montagem teve como ponto de partida um argumento: fome. Mas, fome de quê? As cenas foram criadas através do processo de improvisação, retratando a fome de forma mais abrangente. Em função da pesquisa corporal que a atriz investiga há 23 anos, o diretor optou pela não utilização da fala, valorizando a ação. Com pitadas de palhaçaria reflete situações cotidianas, principalmente do universo feminino, provocando no público reflexão sobre temas que abordam solidão, frustrações, amor…
É um espetáculo inteligente que transita entre o drama e a comédia. A personagem de “A Garota da Capa” vive no mundo secreto de seus sonhos, desejos, memórias e esperanças para o futuro.
Sobre a atriz Andréa Padilha
Natural de Florianópolis (SC), trabalha há 23 anos como atriz, produtora e arte-educadora. É formada no curso de Artes Cênicas da Udesc e participou de diversos workshops no Brasil com profissionais de vários países: Hilary Chaplin (EUA), Ângela de Castro (Inglaterra), Ricardo Pucetti /Lume( Brasil), John Mowat (Inglaterra), Jean Jacques Lemetrê (França) e, em Andorra, com Laura Herts (da França). Foi uma das fundadoras da Cia. Pé de Vento Teatro, de Florianópolis, e atriz durante oito anos do espetáculo De Malas Prontas, somando 600 apresentações em renomados teatros e festivais no Brasil, na Espanha, Portugal, Andorra, México, Áustria, EUA e Argentina.
Atualmente participa como atriz do espetáculo A Vida Como Ela É, da Cia. Teatro Sim…Por Que Não?!!, de Florianópolis, e do espetáculo solo A Garota da Capa, com direção do diretor inglês John Mowat.
Como arte-educadora e gestora do Projeto GRIOT (inspirado nos contadores de histórias de povos africanos), realizou nos anos de 2012 a 2014, atividades artísticas, culturais e educativas em comunidades menos favorecidas de Florianópolis.
FICHA TÉCNICA
Criação: Andréa Padilha e John Mowat
Diretor: John Mowat
Atriz: Andréa Padilha
Cenário: John Mowat
Concepção de Iluminação: John Mowat e Jochen Pasternacki
Figurino: John Mowat e Carlos Eduardo Silva
Adaptação Musical: Nelson Padilha (Teclado e Acordeom) e Anderson Sauerbier (Saxofone)
Operação de Luz e Som: Andrès Tissier
O espetáculo do grupo catarinense Teatro Sim... Por Que Não?!!!, estreou em maio de 1996 e há 18 anos é apresentado com o mesmo elenco, uma façanha no teatro brasileiro. Foram mais de 600 apresentações nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Maranhão e Santa Catarina, onde a peça já foi encenada em mais de 80 cidades, incluindo as 10 cidades menos populosas do Estado.
Ao longo desses anos, a peça participou de vários festivais nacionais e internacionais de teatro e recebeu nove prêmios. Com este espetáculo a atriz Berna Sant’Anna ganhou o prêmio de melhor atriz do CONESUL e do Festival Isnard Azevedo de 1997. Berna Sant’Anna e Nazareno Pereira com suas interpretações também receberam o prêmio de melhor atriz e melhor ator Catarinense de 1997. No mesmo ano Júlio Maurício ganhou o prêmio de melhor diretor catarinense com o mesmo espetáculo.
Ética em discussão
A Farsa do Advogado Pathelin é uma obra do gênero farsa, escrita em torno de 1460 e seu autor é desconhecido. A discussão sobre ética que o texto propõe continua atual nos dias de hoje. É um espetáculo para todas as idades que há 18 anos faz parte do repertório do grupo, com mais de 600 apresentações por todo o país.
O mérito desta farsa é eminente: ela é verdadeiramente sem igual pelo jorro da verve cômica, pela leveza do diálogo, pela habilidade da intriga, pelo salto das situações, pela verdade às vezes dura e pouca perceptível dos caracteres. Mas esta comédia da astúcia - enganador e enganado - parece bem celebrar sem reservas o triunfo do dolo (erro intencional) e do embuste, da patifaria: raramente se representou com tal vigor uma humanidade dominada em busca do lucro ilegítimo e desnudada de ilusões idealistas.
Esse cinismo sem fraqueza provém de uma imoralidade natural do autor ou do retrato realista de uma época corrompida?
FICHA TÉCNICA
Autor: desconhecido
Adaptação: Perito Monteiro
Consultoria: Neyde Veneziano
Direção: Júlio Maurício
ELENCO
Berna Sant'anna (Guilhermina)
Ismar Medeiros (Juiz)
Leon de Paula (Comerciante)
Nazareno Pereira (Pathelin)
Valdir Silva (Pastor)
Projeto cenográfico: William Pereira
Figurinos: Norma Ribeiro
Criação e Op.de Iluminação: Júlio Maurício
Montagem de Iluminação: Andres Tissier
Operador de Som: Marcos Pacheco
Fotografia: Sérgio Vignes