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Site: www.fotolog.com/apatotadoteatro
Responsável: Cacá Corrêa
E-mail do responsável: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Telefone do responsável: 3024-7412/9136-1029
local: TAC
Organizador: Apatotadoteatro
Valor(es): R$ 30,00(inteira) R$ 15,00(estudantes,classe artística ou quem doar um brinquedo ou livro) R$ 20,00(Sócios do Clube DC)
Site: www.fotolog.com/apatotadoteatro
Horário: Sábado: 16h Domingo:16h

Responsável: Valdir Dutra
local: TAC
Organizador: Valdir Dutra
Valor(es): R$ 4,00(valor único)
Horário: Quinta 4 sessões: 08h30,10h,14h e as 16h Sexta 2 sessões: 08h30 e as 14hs

As Aventuras do Saci Pererê . Um dos personagens mais conhecidos do nosso folclore Brasileiro, o Saci Pererê,negrinho peralta que vive pulando de um lado para o outro em uma perna só, irá aprontar muitas travessuras em sua misteriosa floresta.

Um valente Caçador que está á procura deste moleque travesso,encontrara pela frente as Bruxas da Floresta, os Fantasmas Coloridos, e o próprio Saci Pererê. Porém, ninguém nesta floresta,nem mesmo o Saci imaginavam encontrar o terrível,misterioso e assustador Lobisomem que aparece sempre com a lua cheia. A continuação desta aventura nós mostraremos pra vocês aqui no Teatro Álvaro de Carvalho! Venha você viajar pelo mundo da fantasia e da imaginação.

Site: www.sistemadeanimacao.com.br
local: TAC
Valor(es): R$ 15,00(inteira) R$ 7,00(estudantes e idosos)
Site: www.sistemadeanimacao.com.br
Horário: 20h

RELEASE de Lançamento do

documentário SISTEMA DE ANIMAÇÃO

 

O LANÇAMENTO

O lançamento oficial do documentário independente "Sistema de Animação", dirigido por Guilherme Ledoux e Alan Langdon, ocorre dia 6 de outubro de 2008, no TAC, com projeção do vídeo seguido por uma apresentação musical com Toucinho na bateria e músicos convidados que participam do documentário. Como convidado especial contaremos coma presença de Nenê Batera (Realcino Lima Filho), amigo de longa data de Toucinho e músico de reconhecimento internacional pelo seu trabalho próprio (Nenê Trio) como em conjuntos para Hermeto Pascoal, Egberto Gismonte, Alegre Corrêa e outros músicos internacionais.

O filme somado ao show terão cerca de duas horas e meia de evento, incluindo

apresentação do filme pelos cineastas e Toucinho

SOBRE O DOCUMENTÁRIO

Sistema de Animação é um documentário independente que busca preencher uma lacuna na história da cultura musical nacional, retratando o músico Lourival José Galliani, vulgo “Toucinho”, catarinense de extrema importância que merece receber o justo e devido reconhecimento. Sem dúvida, o documentário tem, já de inicio, o valor de resgatar a história desse artista e evidenciar o valor da arte produzida neste estado, não só para nosso estado, como para o resto do Brasil e do mundo.

Captado e montado com uma beleza espontânea e crua - análoga ao modo como o próprio Toucinho toca - Sistema de Animação mergulha o espectador na experiência de conhecer a genial musicalidade e filosofia do baterista. Tendo levado 5 anos para ser feito, sem nenhum apoio financeiro e com orçamento praticamente nulo para um longa metragem, o filme é prova do que o cinema é a capaz quando feito no suor e amor à sétima arte. A maioria das gravações foi coletada entre 2003 e 2004, presenciando uma variedade de situações inusitadas e transformações pessoais  do personagem, além, é claro, de muita boa música. Entrevistas complementares e materiais de arquivo enriquecem o filme com memoráveis histórias da excêntrica e inusitada carreira do Toucinho, assim como depoimentos de personalidades do meio musical como Nenê Batera, Alegre Corrêa, Luiz Meira, Gringo Saggiorato, Alessandro “Bebê” Kramer, Guinha Ramires, Cássio Moura e Leo Garcia.

O longa-metragem  tece um reflexivo retrato do filósofo e músico que os cineastas registraram durante as filmagens: um verdadeiro artista do Brasil, equilibrando-se com improviso entre a arte e a sobrevivência, uma condição contraditória nem sempre simples (ou possível) de manter, porém provavelmente fruto tanto da situação cultural no Brasil quanto da espontânea personalidade do Toucinho.

QUEM É TOUCINHO?

O músico Lourival José Galliani, artisticamente conhecido por "Toucinho", participa há mais de 40 anos da história da música brasileira de maneira significativa. Já tocou com personalidades nacionais nos 40 anos de sua carreira musical. Porém, assim como muitos outros músicos (incluindo alguns que participam do documentário), a sua história e personalidade ainda não estavam registradas. Com excessão do circuito dos profissionais ligados diretamente à construção da história musical de Santa Catarina (onde ele é venerado pelo seu talento e sua genialidade), são poucas as pessoas que conhecem de perto o trabalho de Toucinho.

Se alguém chamá-lo pelo próprio nome, é possível que ele nem responda…

“Toucinho”, no entanto, provavelmente não existe outro igual no mundo. Não como ele, nem no espírito nem na musicalidade. Com certeza um dos maiores bateristas de Santa Catarina, é uma espécie de “lenda viva” do cenário musical, pois quem o assiste tocando ou ouve algumas de suas muitas histórias hilárias, jamais se esquece dessa figura ímpar!

“Mestre Toucinho” (como foi definido em matéria publicada na versão brasileira da revista

especializada Modern Drummer – edição de junho/2004) começou a tocar aos doze anos de idade, sempre em bandas, como aprendiz, ou ensaiando em circos que vinham para Florianópolis. “Ajudava a montar cirquinhos e chamava as crianças, lá da Coloninha. Não podia ver um circo que já ia atrás”. Depois tocou na Band Show da Polícia Militar, e aos 19 anos foi para São Paulo, onde tocou com vários artistas e músicos, como Eduardo Araújo, Fafá de Belém, Pery Ribeiro, Nelson Ned e César Camargo Mariano, entre muitos outros. A maior influência direta vem do grande baterista brasileiro Nenê (Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Pau Brasil, Paulo Moura, Charlie Haden, além de ser artista solo e ter estabelecido uma sólida carreira na Europa).Nenê é amigo pessoal de Toucinho e foi seu grande mestre. Ambos conviveram por um longo período em São Paulo nos anos 70.

Como todo bom músico, volta à terra natal e hoje se encontra na Lagoa da Conceição, “levando as batidinhas para divertir o público e meus amigos. Temos a finalidade de levar a boa música àqueles que sabem ouvir, não menosprezando qualquer outro estilo musical. Viver da Música não é fácil, difícil é viver sem ela”, filosofa.

(extraído do site www.CássioMoura.com)

SOBRE OS CINEASTAS

Amigos de infância em parceria criativa desde 1997, Guilherme Ledoux e Alan Langdon mesclam gêneros como o documentário, a performance e a ficção pessoal. Seus vídeos surgem ludicamente de experiências pessoais acerca questões universais e filosóficas, suscitando diálogo entre o subjetivo e o objetivo. Em 1998 eles co-fundaram o coletivo Pintô Sujêra, um grupo de amigos que se diverte fazendo vídeos improvisados repletos de figuras inusitadas e filosofia barata. Seus vídeos participam de festivais nacionais e internacionais,  recebendo prêmios e sempre encantando  as platéias com sua habilidade de tratar o profundo de maneira despojada e despretenciosa.

GUILHERME LEDOUX

Além de cineasta, é um talentoso percussionista. É baterista do grupo Coletivo

Operante, entre outros projetos. Quando ele não está surfando em frente à sua casa, ele

pode ser visto fazendo um filme ou tocando na Orquestra Sinfônica de Santa Catarina.

ALAN LANGDON

É artista plástico e cineasta graduado pela Rhode Island School of Design (EUA) em

Belas Artes: Cinema/Video/Animação, é montador e designer de computação gráfica,

além de lecionar na UNISUL e coordenar o cineclube Sopão de Filmes. 

FILMOGRAFIA COMBINADA:

SISTEMA DE ANIMAÇÃO. Documentário longa-metragem. Vídeo. 80 min.  2008

O RETRATO DE DORIANA EXTRA CREMOSA COM SAL. Experimental. Vídeo. 6 min.  2006

O FIM DO MUNDO - FLASHBACK SOCIETY. Documentário Experimental. Vídeo. 20 min. 2005

(Prêmio do Juri Popular: FAM 2006, Catavídeo 2005)

PROVIDÊNCIA: COMO FAZER UM COMERCIAL DE CASSACHA . Experimental. Vídeo. 9 min. 2004

(Prêmio do Juri Popular do dia: Catavídeo 2004)

HEY! TU! TODO MUNDO!. Videoclipe, Vídeo. 7 min. 2004

(Prêmio do Juri Popular do dia: Catavídeo 2004)

ANIMUS. Ficção, Vídeo. 3 min. 2004

VIVA CABO VERDE. Documentário. Vídeo. 21 min. 2002

EM BUSCA DA SALEIRA PERDIDA. Ficção pessoal/Documentário. Vídeo. 32 min. 2001

ESTA CASA NICO. Performance/Experimental. Vídeo. 13 min. 2000

O POETA. Animação em computador. 12 min. 1999

NA ESTRADA DA VIDA. Ficção/Documentário. Vídeo. 26 min. 1999

www.PintôSujêra.com.br        www.CASAdoALAN.com.br

CRÍTICAS RESUMIDAS

Baterista Genial Ganha Perfil No Ritmo Certo

O Globo ONLINE - DocBlog  - Enviado pelo crítico Carlos Alberto Mattos

(...) vimos o longa catarinense Sistema de Animação, uma ótima surpresa. (...)

Fotografado na crueza do improviso e editado com requintes de ritmo, o filme dá exemplos inventivos de como se pode brincar à vontade com o processo de documentação sem sabotá-lo. De uma maneira ou de outra, a gente se informa, se delicia, se diverte (muito) e se surpreende com a história, a musicalidade e as peripécias intelectuais de Toucinho. O doc é doidão e focalizadíssimo ao mesmo tempo. Extrapola o contexto regional e merece visibilidade como perfil de um artista brasileiro singular.  

Sistema de Animação, Obra-prima

Diário Catarinense ONLINE - CineLuz - enviado pelo jornalista Fifo Lima

Toicinho é exibido com todas a suas fortalezas e fragilidades. "Sem concessões", como bem

lembrou o fotógrafo Caio Cesar. (...) Embora haja alguns depoimentos sobre o músico, é ele, do começo ao fim, o personagem definitivo. Talvez nem pudesse ser diferente, mas é preciso dizer que ninguém rouba a cena. É Toicinho que conta e vivencia a sua própria história, interpretada com pungência, quase alegria, e com um bom humor subentendido durante todo o tempo da história. (...) Um dos aspectos fundamentais do documentário foi a empatia estabelecida entre direção e interpretação. Mas "Sistema de Animação" não é só feito dos depoimentos comoventes de Toicinho, Alan e Ledoux captaram também o essencial da vida do personagem, a sua musicalidade.

CRÍTICAS COMPLETAS

OGloboOnline - Enviado por Carlos Alberto Mattos  -  6/8/2008 - 18:30

Baterista genial ganha perfil no ritmo certo

(...) vimos o longa catarinense Sistema de Animação, uma ótima surpresa.

O estranho título não animava muito. Nem o personagem central, um veterano baterista de Florianópolis feio como a peste e conhecido como Toucinho. Mas o filme nos conquista logo de saída, quando os realizadores Guilherme Ledoux e Alan Langdon dão mostras de estar afinados tanto com a estética do doc independente quanto com a personalidade de seu protagonista.

Lourival José Galiani, o Toucinho, teve seus dias de glória nos anos 1970 e 80, quando tocou (não só bateria, como também piano e violão) com músicos de alcance nacional como Fafá de Belém, Peri Ribeiro e César Camargo Mariano. Depois se acabou nas drogas e vivia quase na miséria entre 2003 e 2005, quando a maior parte do material do filme foi captado. Não deixou, contudo, de manter ligado o seu “sistema de animação”, conceito de filosofia de bolso que traduz seu animus vivendi. Toucinho é uma espécie de maluco-beleza, só que dono de uma inteligência e uma criatividade fora do comum. Gene Krupa encontra Bukovski e o Professor Pardal. Ledoux (dentro da cena, como um surfista se equilibrando nas ondas revoltas do personagem) e Langdon (na câmera) limitam-se a dar corda para que Toucinho exponha sua lógica irreverente e sábia sobre a música, a vida e a intimidade com as baquetas. “Eu não toco bateria, eu faço a bateria andar”, explica. E a gente vê como isso acontece.

Fotografado na crueza do improviso e editado com requintes de ritmo, o filme dá exemplos inventivos de como se pode brincar à vontade com o processo de documentação sem sabotá-lo. De uma maneira ou de outra, a gente se informa, se delicia, se diverte (muito) e se surpreende com a história, a musicalidade e as peripécias intelectuais de Toucinho. O doc é doidão e focalizadíssimo ao mesmo tempo. Extrapola o contexto regional e merece visibilidade como perfil de um artista brasileiro singular.  

Blog CineLuz / DC Online - enviado por Fifo Lima - 08/2008

Sistema de Animação, obra-prima

 

 

Entre os filmes que assisti no 12º FAM, fiquei impressionado com "Sistema de Animação", do Alan Langdon e do Guilherme Ledoux. Uma obra-prima do gênero. Fui ver o documentário com um certo receio porque achava que a duração de 90 minutos era longa demais. Me enganei redondamente, a narrativa é intensa do início ao fim. O personagem de Alan e Ledoux é o baterista Toicinho. Toicinho é exibido com todas a suas fortalezas e fragilidades. "Sem concessões", como bem lembrou o fotógrafo Caio Cesar.

 

 

Não há hibridismo na narrativa. Embora haja alguns depoimentos sobre o músico, é ele, do começo ao fim, o personagem definitivo. Talvez nem pudesse ser diferente, mas é preciso dizer que ninguém rouba a cena. É Toicinho que conta e vivencia a sua própria história, interpretada com pungência, quase alegria, e com um bom humor subentendido durante todo o tempo da história. Os diretores seguiram Toicinho nos últimos três anos. Gravaram 42 horas. Um dos aspectos fundamentais do documentário foi a empatia estabelecida entre direção e interpretação.

 

 

Mas "Sistema de Animação" não é só feito dos depoimentos comoventes de Toicinho, Alan e Ledoux captaram também o essencial da vida do personagem, a sua musicalidade. Toicinho é a própria música. Faz música com a voz e é inventor nas horas de folga. "Sistema de Animação" talvez tenha um ponto nebuloso, o título. É demasiadamente subjetivo, mas faz parte de uma brincadeira do músico, que pode ser interpretado com um sinal de que a vida é uma espécie de sistema de animação, que funciona.

 

 

Um dos pontos altíssimos do filme, ocorre quando Toicinho está em seu Opala com o músico Alegre. Os dois estão sentados no banco dianteiro. No banco traseiro, a câmera acompanha tudo. Em determinado momento, a caixa de câmbio trava. Toicinho desce do carro para consertar o problema. No lado de fora, levanta o capô. A câmera poderia ter acompanhado o músico, mas, por uma escolha feliz, permanece no mesmo lugar. A cena mistura ficção e realidade sob uma luz contida e granulada.

 

 

O cena ocorre em silêncio. O momento é de espera. Enquanto Toicinho investiga o problema e movimenta a caixa de câmbio do motor, no interior do carro, a alavanca sob o volante também movimenta-se, provocada pela ação do músico que tenta destravar o sistema. A cena transporta para um outro filme e talvez esteja aí o verdadeiro sistema de animação do personagem, um sinal de que a vida precisa ser animada diariamente, muitas vezes com força e com impulso, como quem destrava a marcha para seguir em frente.

 

Site: www.affloripa.com.br/festival
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local: TAC- Teatro Alvaro de Carvalho
Organizador: stival de Música Contemporânea Aliança Francesa
Valor(es): R$10,00 e R$5,00 (meia)
Site: www.affloripa.com.br/festival
Horário: 20hs

LANÇAMENTO DOS DVDS DE JOCY DE OLIVEIRA (RJ) + INTERFERÊNCIA SONORA DE PAULO PASSOS (SP) + PERFORMANCE INTERATIVA DE LINGUAGEM MUSICAL /MULTIMEIOS-IMPROVISAÇÃO

Lançamento da Coleção Jocy de Oliveira, caixa com quatro DVDs contendo os registros de seis óperas  contemporâneas apresentadas no Brasil e Alemanha, compostas por Jocy entre 1986 e 2007. As óperas foram agrupadas por décadas: 1980: “Fata Morgana” e “Liturgia do espaço”; 1990: “Inori à prostituta sagrada” e "Illud Tempus”; 2000: As Malibrans”, e duas produções (Brasil e Alemanha) de “Kseni - A estrangeira (2005/2006)”.

 

Na ocasião do lançamento, haverá uma conversa com Jocy de Oliveira sobre sua obra, trajetória e processo de criação, e interferência sonora do clarinetista e saxofonista Paulo Passos sobre uma obra da artista.

Em seguida, sobem ao palco os músicos convidados e os participantes das oficinas desta primeira edição do Festival de Música Contemporânea Aliança Francesa, para uma grande performance musical interativa. Num determinado momento, abre-se espaço para a interação da platéia, que receberá instrumentos musicais para interferências sonoras junto aos músicos. Participação especial da Banda Cabaçal dos Irmãos Anicetos. 

 

A performance interativa de linguagem musical/multimeios-improvisação adquire caráter inovador pela provocação sonora e intuitiva gerada pela interferência da platéia. A proposta vai ao encontro das premissas da música eletroacústica, ao se utilizar dos sons do ambiente e do acaso sonoro para a criação da obra musical. A experiência, realizada pela primeira vez ao vivo com participação do público na América Latina, é o ponto alto da apresentação.

 

                         

 

 

Site: www.affloripa.com.br/festival
E-mail do responsável: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
local: TAC- Teatro Alvaro de Carvalho
Organizador: Festival de Música Contemporânea Aliança Francesa
Valor(es): R$10,00 e R$5,00 (meia)
Site: www.affloripa.com.br/festival
Horário: 20hs

Música contemporânea brasileira para clarinete e percussão:

Possuindo trajetórias com muitos pontos em comum, Paulo Passos  (clarinete e saxofone) e Joaquim Abreu (percussão)  começaram a trabalhar juntos em 1998, interpretando obras de L. C. Csekö . A partir daí, suas apresentações têm se multiplicado e diversos compositores têm escrito e dedicado obras ao Duo. Já se apresentaram em quase todos os estados do Brasil, além da França e Colômbia, participando dos principais eventos ligados à música brasileira contemporânea: Bienal da Música Brasileira Contemporânea, Bienal de Música Eletroacústica de São Paulo, Projeto Rumos Musicais - Itaú Cultural (SP), Projeto Sonora Brasil - Sesc Nacional – 32 concertos por todo país, Concerto em homenagem ao CDMC-Brasil Unicamp (Cité de la Musique, Paris), Simpósio de Música Contemporânea Colômbia-Brasil (Medellín, Colômbia), entre outros. São integrantes da Xaranga Anárquica de L. C. Csekö e do Ensemble Jocy de Oliveira. Integram dois trios de música: um com a soprano Andrea Kaiser e outro com a pianista Sara Cohen, com os quais têm participado de importantes festivais no Brasil e exterior. 

Programa :

Eduardo G Álvares – Noctívolos * ( 2000)

Para clarinete/clarone e percussão

 

Leo Brouwer – Paisaje Cubana Con Ritual  ( 1993 )

Para Clarone , vibrafone e marimba

 

Intervalo

 

Jocy de Oliveira – Striding  Trough  Rooms

Para clarone solo amplificado

 

L C Csekö – Noites do Catete 5 ( 2007)*

Para berimbau solista, tape pré – gravado e light design

 

L C Csekö – Canções Dos Dias Vãos 9 ( 2002 )*

Para clarinetes, tape pré – gravado e ligth design)

 

L. C. Csekö – Canções dos Dias Vãos 6 ( 1998 )*

(para clarone/requinta e percussão e light design

 

*Obras dedicadas ao Duo Paulo Passos & Joaquim Abreu

 

 

 “Há, basicamente, dois tipos de intérpretes: os que se consagram à música do passado; e os que fazem da música viva, presente, a paixão de suas investidas. Em geral, os primeiros não conseguem ir muito além de uma visão mais ou menos datada, em que pesem tanto seus valores enquanto intérpretes quanto o imprescindível legado da História, a qual todos os criadores atuais minimamente responsáveis devem de toda forma amar, ainda que não acima de qualquer suspeita (pois que a História é feita pelos homens, e somente isso já justifica certa desconfiança, na medida certa para que possamos desfrutá-la sem que nos deixemos intoxicar por ela, deixando de reconhecer o papel da invenção no presente). Confinado ao repertório já cristalizado, o primeiro tipo de intérprete mostra-se, em geral, avesso à atualidade mais radical da música; seu espírito, independentemente de sua competência interpretativa, revela-se como inflexível, e sua mente, enferrujada. São, por um lado, excelentes músicos, e, por outro, músicos medíocres. Mas felizmente há os outros intérpretes, inquietos, comprometidos com o andar (às vezes necessariamente lento) da carruagem, companheiros de viagem dos compositores atuais, atuantes e sobretudo inventivos, que, na verdade, nada mais são que os Liszts, Chopins ou Schumanns de outrora. Paulo Passos e Joaquim Abreu (o Zito) inscrevem-se, com seu notável Duo, nessa louvável categoria de intérpretes inconformados, exigentes, perfeccionistas e especuladores, no melhor sentido da palavra. Encorajam compositores a novas criações, as interpretam com destreza ímpar, e divulgam a nova música. São, em essência, músicos tão radicais quanto nós, compositores especulativos. E a eles agradecemos de coração, mente e ouvidos abertos, pois que sem eles a linguagem musical poderia perecer ou, no máximo, sair da carruagem e andar a pé.”-  Flo Menezes,  São Paulo 30/01/06.