Canções menestrelescas, árias e antífonas.

(flauta, Violoncello, violão, viola e voz)

       Trovador do Sertão Brasileiro, Elomar Figueira Mello, longe dos mecanismos que projetam uma imagem fabricada da cultura brasileira, especificamente a que trata do sertão brasileiro, conserva inabalável postura de resistência a toda forma de mercadorização da arte, a partir de seus discursos, modus vivendi e de sua linha composicional que delineiam seu fazer próprio. A princípio, pode-se vislumbrar na figura do artista, um trovador, como os troubadour, trouvère, a exemplo de um Bernard de Ventadorn, na lírica poética do sul da França, de um John Dowland na Inglaterra, dos mastersingen e minesingen na Alemanha. Personagem esse que desde tempos remotos da antiguidade com os aedos e harpistas gregos e Hebreus, permeia a história, florescendo na Idade Média clássica, atingindo os nossos tempos. Tal personagem encontra no Sertão do Brasil um autor que condensou não somente em sua imagem, mas imprimiu essencialmente em sua obra, parte dos tesouros culturais que hoje conhecemos como a cultura Ibérica no Brasil. “Minha música é contemporânea. Canto o que vejo o que ouço e o que escuto de quadras remotas”.