Palco da histórica Novembrada, que em 2019 completa 40 anos, o Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, recebe nesta sexta-feira (29) a exibição do documentário Quarenta: Pra não Esquecer. O evento ocorre às 18h30, com entrada gratuita.
O documento audiovisual sobre o que viveram e sentiram os moradores de Florianópolis e região no fato conhecido como Novembrada tem duração de 120 minutos. O vídeo acompanhada por mais de 20 entrevistas pessoas que, de um modo ou outro, protagonizaram como personagens principais, como jornalistas ou como povo, o antes, o durante e o depois da Novembrada.
Ficha técnica
Com: Manuela Campagna, Mayara Santos e Elenira Vilela
Trilhas: Oz, MC Moa, Daeni e Quinteto de Cordas Catarinense
Imagens: Jana Machado e Yuri Bra
Fotografia: Yuri Bra
Arte e finalização: Julia Saggioratto
Direção de vídeo e edição: Jana Machado
Produção: Roberta Vaz
Roteiro e Direção: Raul Fitipaldi
Direção de jornalismo: Tali Feld Gleiser
Coordenação: Rosangela Bion de Assis
Serviço:
O quê: Apresentação do audiovisual Quarenta: pra não esquecer
Quando: 29 de novembro de 2019, às 18h30
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - Localizado no Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de novembro, 227 - Centro - Florianópolis
Entrada gratuita
Se Cruz e Sousa estivesse vivo, que mensagem você escreveria para ele? É com essa proposta que visitantes do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), sediado no Palácio Cruz e Sousa, são convidados a deixar recados para o poeta, pendurando bilhetes em uma escultura de árvore de metal, instalada na sala que abriga os restos mortais do poeta. A ação foi pensada para marcar o aniversário de Cruz e Sousa, comemorado no dia 24 de novembro.
A árvore tem um ninho que representa o nascimento. "Minha inspiração vem do fato que os ninhos representam as casas, o pouso e o afeto", explica a administradora do MHSC, Lena Peixer, criadora da escultura. A árvore ficará no local até dia 30 de novembro e, posteriormente, os bilhetes serão lidos em um evento nos jardins do Palácio Cruz e Sousa. "Depois de lidas, as mensagens serão queimadas para que cheguem ao céu", explica Lena Peixer.
O MHSC fica na Praça XV de Novembro, 227, em Florianópolis. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 10h às 18h, aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Ascom FCC
Estão abertas as inscrições para o curso de capacitação sobre o Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) e patrimônio histórico, direcionado a guias de turismo cultural. O curso será realizado nos dias 25 e 26 de novembro, em Florianópolis, é gratuito e tem vagas limitadas. Em dois dias de capacitação, das 8h às 18h, serão abordados temas como composição dos acervos, ações de preservação, educativas e potencialidades do patrimônio histórico-cultural para o turismo. Também serão realizadas visitas guiadas aos equipamentos culturais do centro histórico. O local escolhido para a atividade é o próprio espaço do MHSC, sediado no Palácio Cruz e Sousa e localizado na Praça XV de Novembro.
A ação está sendo promovida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do MHSC, e pela Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur). “A ideia surgiu como forma de estimular a regularização dos profissionais junto ao Cadastur e ao mesmo tempo qualificar a atuação dos guias, uma necessidade observada pela equipe do Museu de História”, explica a gerente de Produtos e Serviços da Santur, Daniela Castro.
Os profissionais interessados devem estar regulares com o Cadastur e efetuar inscrição pelo formulário disponível no link https://bit.ly/2phDhGw . O Cadastur é o cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam na cadeia produtiva do turismo, com o objetivo de promover o ordenamento, a formalização e a legalização dos prestadores de serviços turísticos. O cadastro é obrigatório para guias de turismo. A Santur é o órgão delegado pelo Ministério do Turismo para coordenar o Cadastur em Santa Catarina.
A equipe que ministrará o curso é formada pela museóloga Cristina Maria Dalla Nora (SESC), as educadoras Cristiane Ugolini e Márcia Carlsson (NAE/MHSC), as mediadoras Simone Coelho e Veronice Nogueira (NAE/MHSC), a administradora do MHSC, Lena Peixer e a arquiteta e urbanista Eliane Veras da Veiga.
Programação:
Data: 25/11/2019- Segunda-feira
Das 8h às 12h
– Oficina do Objeto
- Curadoria Educativa
- Exercício de Exploração do Objeto - Roteiro Investigativo
Das 14h às 18h
- Mediação à exposição do acervo;
- Apresentação do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) ( Núcleos de
Conservação e Restauro, de Ação Educativa e Administrativo).
Data: 26/11/2019- Terça-feira
Das 8h às 12h
- Noções Básicas da Museologia
- Roteiro Cultural - visita guiada aos equipamentos culturais do centro histórico de
Florianópolis;
Das 14h às 18h
- Visita guiada ao centro Histórico de Florianópolis
Serviço:
Capacitação para guias de turismo
Data: 25 e 26 de novembro de 2019.
Horário: 8h às 12h e das 14h às 18h.
Local: Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, situado na Praça XV de Novembro,
Centro, Florianópolis/SC.
Requisito: guias de turismo devidamente regulares no Cadastur.
Carga horária: 16h com certificação emitida pelo MHSC/FCC.
Vagas limitadas. Gratuito.
O Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa recebe, na quarta-feira (20), a cerimônia de lançamento do livro Trajano Margarida: poeta do povo. A publicação, organizada pelas historiadoras Luana Teixeira e Lucésia Pereira, é o resultado de mais de dois anos trabalho para reunir toda a obra do autor. É a primeira vez que essa trajetória vem ao público desde a morte do poeta, em 1946, e traz para leitor o olhar dele sobre a Florianópolis do início do século XX. O evento é gratuito, às 19h, tem a parceria da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e integra a programação do Mês da Conciência Negra da Prefeitura de Florianópolis.
Trajano Margarida, poeta e músico de Florianópolis, nasceu em 1889. Foi um importante representante das demandas da população negra, eleito duas vezes presidente do Centro Cívico e Recreativo José Boiteux. Sua obra é composta por poesias, versos, livretos, marchinhas de carnaval. Para rememorar seus escritos, o lançamento contará com um sarau de poesias do autor interpretadas pelo rapper Daniel DKG Dekilograma, organizador do Slam Continente, e também da cantora Jandira Souza.
Segundo as organizadoras, o livro é ao mesmo tempo uma homenagem póstuma e uma luta pela memória. “Ao publicar sua obra reunida não estamos apenas apresentando ao grande público esse poeta fabuloso que foi Trajano Margarida, mas também trazendo um pouco da história de luta e de restrições que acompanhou a população negra da Florianópolis nas décadas que se seguiram à abolição da escravidão”, explica Luana.
A publicação faz parte da coleção Autores negros do pós-abolição e é o segundo livro da série publicada pela Editora Cruz e Sousa, que tem Ildefonso Juvenal da Silva: um memorialista negro no sul do Brasil como o seu primeiro volume. A obra também faz parte do projeto Afrodescendentes no Sul do Brasil financiado com apoio do Edital Memórias Brasileiras: biografias da Capes e do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina – Sindiprevs/SC.
Serviço:
Lançamento do livro e sarau em homenagem ao poeta Trajano Margarida.
Data: 20 de novembro, quarta-feira, 19h.
Local: Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa – Praça XV de Novembro, Florianópolis.
Valor do livro: R$ 30,00.
Entrada gratuita.
Sobre o Trajano Margarida:
Nasceu em janeiro de 1889 em Florianópolis. Foi poeta, professor, funcionário público e artista. Passou a vida inteira envolvido na promoção da cultura e da arte catarinense. Escrevia poesias, letras de músicas e marchinhas e foi um dos grandes promotores do carnaval da cidade. Cantava e tocava violão, tornando-se muito famoso nos circuitos boêmios. Junto a dezenas de outros homens negros de Florianópolis, fundou o Centro Cívico e Recreativo José Boiteux, associação que lutava por cidadania e contra a discriminação racial, da qual foi presidente duas vezes. Também fundou o Centro Catarinense de Letras, que criticava e combatia o elitismo das letras no estado. Junto a Ildefonso Juvenal e Antonieta de Barros, representa a força e a luta do homem e da mulher negra na Florianópolis do início do século XX. Faleceu em 1946 sem deixar descendentes.
Sobre as organizadoras:
Luana Teixeira é doutora em História. Atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado sobre intelectuais e associações negras em Florianópolis no início do século XX (PPG-História/UFSC). Lucésia Pereira é doutora em História Cultural e autora da dissertação Florianópolis, década de trinta: ruas, rimas e desencantos na poesia de Trajano Margarida.
"É um relógio único no mundo", afirmou, emocionado, o artesão Geraldo Ziebarth, de 81 anos, responsável pelo conserto de uma peça especial, patrimônio dos catarinenses: um relógio construído em 1943 e adquirido pelo Governo do Estado em 1945 durante o mandato de Nereu Ramos.
O relógio é praticamente todo confeccionando em madeira de Imbuia - inclusive as engrenagens, o que é algo considerado raro. Apenas alguns eixos e parafusos são feitos com outros materiais metálicos. Os ponteiros e números romanos são feitos em madeira de pau-marfim.
A estrutura levou mais de 11 anos para ser restaurada e, a partir desta sexta, 08, poderá ser vista no Museu Histórico de Santa Catarina, sediado no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis.
A peça ganhou notoriedade na imprensa dos anos 1940 por ser um relógio de alta precisão. Foi construída utilizando uma técnica tradicional da cultura alemã, com madeira entalhada e engrenagens que garantem a marcação das horas, da data e das fases da lua. Manualmente, ainda é possível registrar as estações do ano. A peça ficou por mais uma década sob os cuidados do artesão Geraldo Ziebarth, filho do idealizador do projeto que, ao longo dos últimos anos, desvendou o sistema de funcionamento do relógio e confeccionou novas peças para substituir as que estavam estragadas. Tanto Geraldo, como o pai, o construtor do relógio, Alvino Ziebarth, são de São Bento do Sul, no Norte de Santa Catarina.
Durante dois dias (6 e 7 de novembro) o artesão montou o relógio no local onde ficará exposto: a Sala dos Governadores. O trabalho de montagem foi realizado com a precisão e a delicadeza que a peça exigia. A ação foi acompanhada por técnicos da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão que administra o Museu Histórico de Santa Catarina. Ao fim do trabalho, o artesão recebeu um certificado de honra ao mérito pelos serviços prestados na preservação da memória catarinense.
A peça é chamada de “Relógio Histórico Alvino Ziebarth", em homenagem ao construtor. Integra o patrimônio do Governo do Estado de Santa Catarina (Casa Civil).
Ascom FCC