A Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC) irá sediar, entre julho e agosto, uma série de eventos que marcarão as comemorações dos 150 anos da grande imigração italiana em Santa Catarina. Para iniciar a programação, no dia 3 de julho, às 19h, ocorre o lançamento do livro "150 anos da Grande Imigração Italiana em Santa Catarina", com roda de conversa com os autores Rosemari Glatz e Andrey Taffner Fraga (organizador), com mediação da diretora de Patrimônio da FCC, Lélia Pereira da Silva Nunes. A entrada é gratuita.
O livro “150 anos da grande imigração italiana em Santa Catarina”, editado pelo Unifebe, reúne pesquisadores da imigração italiana de todas as regiões do estado, com o objetivo de fornecer aos leitores um panorama completo sobre a presença italiana em terras catarinenses. O projeto do livro foi desenvolvido pelo organizador Andrey Taffner a partir da Comissão Estadual Organizadora dos Festejos dos 150 Anos da Grande Imigração Italiana em Santa Catarina - 1875-2025, da qual é integrante, e que foi formada a partir da Frente Parlamentar Santa Catarina– Itália (ALESC). O livro teve seu primeiro lançamento em Brusque, no dia 5 de junho.
A expressão “grande imigração”, que dá nome ao livro, refere-se ao início da entrada em massa de imigrantes de língua italiana no estado, que se observou a partir de 4 de junho de 1875, com a chegada da primeira leva ao território da então Colônia Itajaí-Brusque. Anteriormente ao fenômeno da grande imigração, Santa Catarina já havia registrado a formação de um núcleo de colonização italiana, a Colônia Nova Itália, em 1836, composta por imigrantes oriundos da região da Ligúria, no território onde hoje se localiza o município de São João Batista.
O quadro da imigração é amplo, complexo, e deixou profundas marcas no estado. Existem regiões catarinenses que observaram a formação de colônias originárias, ou seja, que receberam imigrantes diretamente da península itálica, e outras que foram ocupadas por migrações internas a partir das colônias originárias e de colônias de estados limítrofes. Muitos dos imigrantes eram provenientes do então Reino da Itália (vênetos e lombardos, majoritariamente). Outros, porém, eram oriundos do Tirol italiano, porção do antigo Império Austro-Húngaro, que seria anexado pela Itália com o término da Primeira Guerra Mundial, recebendo a denominação de Província de Trento.
Para contemplar a presença italiana em todo o estado, a obra divide-se em capítulos que tentam seguir os mesmos “capítulos” da colonização italiana em Santa Catarina. Após um primeiro texto sobre os 150 anos da grande imigração em perspectiva, os escritos seguintes dedicam-se à Colônia Itajaí-Brusque e à Colônia Blumenau, onde formaram-se núcleos italianos a partir de 1875. Na sequência, aborda-se a história das colônias italianas do sul do Estado, observadas a partir de 1877. Os capítulos seguintes tratam dos diversos fluxos de migração a partir das colônias originárias e de outros estados responsáveis pela presença italiana no planalto, no norte/nordeste e no oeste catarinense. A Colônia Nova Itália e sua particular trajetória também é abordada em capítulo específico. O último capítulo discorre sobre a representação institucional italiana contemporânea.
A versão e-book do livro também está disponível para download gratuito no site da Editora da UNIFEBE: https://www.unifebe.edu.br/site/wp-content/uploads/150-anos-da-grande-imigracao-italiana-em-santa-catarina-1.pdf
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