O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), promove de 14 de agosto a 4 de outubro a exposição “CÂMERAS: entre o clique e a foto”. A abertura ocorrerá no dia 13 de agosto de 2015, às 19h30min. A visitação é gratuita.
Com o passar dos anos, o tempo entre o clique e a foto diminuiu até o instantâneo. Para a geração atual pode parecer absurda a espera de dias, ou mesmo a revelação em uma hora, para ter acesso à imagem fotográfica - o que foi considerado um grande avanço em sua época.
É pensando em todas estas questões que o MIS/SC apresenta sua nova exposição com itens do acervo e peças doadas recentemente ao Museu pelo comunicador catarinense Aguinaldo Filho, um apaixonado pela arte da fotografia que construiu sua coleção de equipamentos lutando contra a constante obsolescência.
A mostra, com curadoria de Rafael Pedroso Dias e Carlos Stegemann, exibe diversas câmeras utilizadas ao longo da história da fotografia - tais como câmeras de fole, câmeras analógicas Reflex e Viewfinder, câmeras com foco de sonar, câmeras Polaroid instantâneas, câmeras digitais -, além de diferentes recursos tecnológicos e acessórios ligados à fotografia e seus processos.
Oficina de Pinhole
Paralelamente à exposição, estão abertas as inscrições para a Oficina de Pinhole que ensinará crianças (7 a 12 anos), adolescentes e adultos (maiores de 13 anos) o processo alternativo de se fazer fotografia sem a necessidade do uso de equipamentos convencionais. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas on-line, nos links disponíveis abaixo.
A ação é uma parceria com o “Projeto Luz na Lata”, da fotógrafa Lilian Barbon, e será oferecida em quatro dias: 22 e 29 de agosto, das 9h às 12h e das 13h30min às 16h30min, para crianças de 7 a 12 anos acompanhadas pelos pais; 25 de agosto e 17 de setembro, das 14h às 18h, para adolescentes e adultos. Nesta oficina, uma lata será usada como câmera fotográfica, que pode ser facilmente construída utilizando-se materiais simples e de baixo custo. Cada participante deverá levar uma lata com tampa de alumínio, não importando o tamanho.
O nome inglês pinhole pode ser traduzido como “buraco de agulha”, por ser uma câmera fotográfica que não possui lentes, tendo apenas um pequeno furo (de agulha) que funciona como lente e diafragma fixo no lugar de uma objetiva. Embora muito simples, o processo da fotografia pinhole apresenta resultados surpreendentes. A oficina tem como objetivo guiar os participantes a uma iniciação fotográfica através da construção de uma câmera artesanal e do entendimento da atuação da luz na câmara escura, buscando entender como se dá o processo de captura da imagem.
Sobre a ministrante
Lilian Barbon é fotógrafa e artista visual. Mestre e bacharel em Artes Visuais pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Especialista em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico, pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É professora na Escola de Fotografia Câmera Criativa (São José - SC), ministrante de diversas oficinas de fotografia e Criadora do “Projeto Luz na Lata”, que visa ao ensino da fotografia por meio de oficinas de Fotografia Pinhole.
Cronograma e inscrições:
22/08 (sábado) - Oficina com crianças de 7 a 12 anos, acompanhadas pelos pais.
Total de participantes: 8 (quatro crianças + quatro pais).
Horários: das 9h às 12h e das 13h30min às 16h30min.
Local: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC)
Informações: (48) 3664-2650
Serviço:
O quê: Exposição “CÂMERAS: entre o clique e a foto”
Curadoria: Rafael Pedroso Dias e Carlos Stegemann,
Quando: de 14 de agosto a 4 de outubro de 2015.
Onde: Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) - Centro Integrado de Cultura (CIC) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Visitação: de terça-feira a sábado, das 10h às 20h30min; domingos e feriados, 10h às 19h30min.
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, por meio do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC) e Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), leva a Mafra a exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas, que retrata o importante episódio da história catarinense. A exposição foi aberta no dia 11 de agosto e poderá ser visitada até o dia 26 de outubro no hall da biblioteca da Universidade do Contestado (UnC) - Campus Mafra. A mostra itinerante é uma versão modular, com a mesma arte e o mesmo conteúdo, da exposição aberta em 2012 no Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis.
Para a montagem da exposição, que tem curadoria do pesquisador Fernando Romero, a equipe de técnicos da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC participou de diversos estudos junto aos sítios históricos. Foram visitados os municípios de Irani, Taquaruçu (distrito de Fraiburgo), Três Barras, Porto União, Matos Costa, Calmon, Lebon Régis, além dos museus, arquivos e coleções nas cidades de Irani, Curitibanos, Campos Novos, Mafra, Lages, Porto União, Caçador, Matos Costa e Lebon Régis. O objetivo foi buscar subsídios para a construção das exposições temáticas, além de estabelecer contato com os agentes culturais. A FCC trabalhou com apoio de museus, universidades, municípios, fundações e outras entidades para a reunião do acervo exposto.
Oficina
Como parte da programação da mostra, no dia 11 de agosto, foi realizada a oficina Possibilidades de ações educativas: “Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas” também na cidade de Mafra. Foram capacitados 40 professores da rede escolar municipal, que participaram da atividade ministrada pela coordenadora do Núcleo de Ação Educativa do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), Márcia Lisbôa Carlsson e articulada pelo professor da UnC Sandro Cesar Moreira. Os professores conheceram o material educativo da exposição, contendo propostas de atividades educativas transdisciplinares como mais um recurso para potencializar a visita à exposição e seus desdobramentos na escola.
Sobre a Guerra do Contestado
A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: a ecologia, a liberdade religiosa, a posse da terra e a contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes que até hoje reclamam nossa consideração.
Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.
Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.
Desde então, a Guerra foi narrada de diversas formas pelos diferentes personagens que dela tomaram parte e por aqueles que refletiram sobre ela posteriormente. Analisar essas narrativas é uma forma de recontar essa história com a perspectiva do presente. Recordar as marcas, reavivar as memórias, mostrar os lugares que lembram esse passado deve contribuir para analisarmos com outros olhos o nosso tempo atual e ver que muitos dos temas trazidos pelos rebeldes do Contestado continuam tão vivos como há 100 anos.
Serviço:
O quê: Exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas
Visitação: de 11 de agosto a 26 de outubro de 2015. De segunda a sexta-feira, das 8h30min às 12h; e das 13h às 17h
Onde: Hall de entrada da biblioteca da Universidade do Contestado – Campus Mafra - Av. Presidente Nereu Ramos, 1071
Para inscrições de grupos escolares: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
A Fundação Nacional de Artes (Funarte) publicou, no Diário Oficial da União, as portarias de lançamento de quatro editais, na área de artes visuais. São eles: Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais – 12ª edição, Prêmio Funarte de Arte Contemporânea, XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia e Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça – 8ª edição.
Ao todo, serão selecionados 55 projetos nesse segmento, com foco em exposições, fotografia e acervos museológicos. O investimento total nestas premiações é de R$ 4,795 milhões. As inscrições estão abertas até dia 9 de setembro.
Além disso, a instituição publicou três editais nas áreas de artes cênicas – que engloba circo, dança e teatro; e dois de música. Saiba mais sobre cada um deles.
O anúncio do lançamento dos editais de fomento da Funarte foi feito no dia 24 de julho, na Funarte MG, em evento que contou com as presenças do ministro da Cultura, Juca Ferreira e do presidente da Fundação, Francisco Bosco.
Os investimentos nos Editais 2015 totalizam R$ 26,5 milhões para a seleção de 354 projetos, com abrangência nacional. As premiações têm datas e prazos de inscrições diferenciados. Todas as demais informações sobre os editais estão disponíveis no site da Funarte.
Os centros de visitação do Projeto Tamar de Florianópolis (SC) e da Praia do Forte (BA) foram classificados como uns dos 5 museus mais visitados do Brasil em suas respectivas regiões, sendo o Centro de Visitantes de Florianópolis o museu mais visitado do Estado de Santa Catarina.
O dado é fruto da análise do Formulário de Visitação Anual (FVA) recém divulgado pelas Coordenação de Produção e Análise da Informação e Coordenação-Geral de Sistemas de Informação Museal do Instituto Nacional de Museus (IBRAM).
Alguns dos centros de visitação do Projeto Tamar também são Museus a Céu Aberto da Tartaruga Marinha e todos os anos participam dos eventos propostos pelo IBRAM. Através disso, mostram de que forma o Projeto protege as tartarugas através de sensibilização e educação ambiental, gera renda para as comunidades e arrecada recursos para as ações de conservação e pesquisa. Juntos já receberam mais de 15 milhões de visitantes.
"As informações fornecidas no FVA foram auto declaradas por instituições que se reconhecem como museus. Todas as respostas foram verificadas e as instituições passaram por análise da equipe técnica do Cadastro Nacional de Museus (CNM), checando se estas constavam em sua base de dados", informa o IBRAM. De 747 museus existentes no nordeste, 153 responderam; e dos 985 museus existentes no sul do país, 257 responderam. A pesquisa é parte do projeto 'Museus&Público: Contagem' e teve como objetivo aferir o fluxo de visitação dos museus brasileiros durante o ano de 2014.
Os dados indicaram os centros de visitantes da Praia do Forte (BA) e de Florianópolis (SC), Museus a Céu Aberto da Tartaruga Marinha, entre os 5 mais visitados em cada região, juntamente com Espaço Ciência (PE), Instituto Ricardo Brennand (PE), Memorial Irmã Dulce (BA), Paço do Frevo (PE), no nordeste; e no sul, Associação Museu Nacional do Calçado (RS), Museu Histórico Dr. Carlos dos Anjos Filho (PR), Museu Oscar Niemeyer (PR) e Santander Cultural (RS). A pesquisa mostrou que 24.853.648 pessoas visitaram 837 museus no Brasil ao longo de 2014.
O IBRAM considera os dados de visitação estratégicos para o desenvolvimento do setor de museus. Segundo o instituto, mais do que aferir o fluxo de visitação, a contagem de público pode indicar a necessidade de adequação dos serviços oferecidos e a ampliação da ação educativa, entre outras possibilidades.