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Espaço de expressão de designers, fotógrafos e artistas visuais, as capas de discos que fizeram história na música nacional e internacional são o destaque da exposição Escolhidos pela Capa, que o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) apresenta até 17 de fevereiro no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A mostra tem a curadoria dos DJs Marcelo Pimenta, Grazi Meyer, Jean Mafra, Felipe Martins e Gustavo Monteiro, que selecionaram o material entre os cerca de 5 mil discos do acervo do Museu.

Os DJs convidados pelo Museu para participar desta exposição também já foram parceiros em outra iniciativa: o projeto Discotecando no MIS, que divulga o conteúdo musical desses álbuns em festas realizadas no espaço expositivo do MIS/SC periodicamente. Desta vez, o propósito é enfatizar o conteúdo das capas. Cada DJ/curador apresenta um painel com 84 capas, divido em sete eixos temáticos de seleção, independentes ou não do conteúdo musical dos "bolachões".

Escolhidos pela capa traz à tona tendências estéticas, conceituais e narrativas de época e, ainda, questões atuais que perpassam a construção da cultura de massa. Cada DJ propõe, por meio de sua curadoria, um revisitar crítico sobre essas questões, sendo a antítese mesma ao título e proposta dessa exposição.

A expoição conta, ainda, com duas TVs exibindo capas e músicas de discos em exposição, projeções de fotos das edições do Discotecando no MIS, pista de dança com musica ambiente e exposição de vitrolas do acervo do Museu. A produção catarinense também terá espaço com a exibição dos melhores álbuns, EPs e singles de 2018, lançados pelo portal Rifferama (rifferama.com), especializado em música catarinense, parceiro e apoiador do MIS-SC.

As capas

A produção dos primeiros discos, em goma-laca 78 RPM (rotações por minuto), era feita como qualquer outro produto e suas capas tinham a função básica de identificar o nome do artista e servir como embalagem/proteção para o material, que era extremamente frágil. No fim da década de 1930, o designer nova iorquino Alex Steinweiss, da gravadora Columbia Records, entendeu algo que hoje nos parece óbvio: a embalagem é uma ótima maneira de encantar o consumidor.

Ao longo do tempo, as capas tornaram-se tão importantes quanto o disco em si, atingindo seu auge nos anos 1960 e 1970, quando artistas consagrados passaram a ser contratados para criar artes exclusivas e inovadoras para os discos de vinil. Hoje, mesmo na era digital, as capas dos discos já estão de tal maneira presentes no nosso imaginário que até os novos formatos com arquivos e aplicativos que facilitam o acesso à música ainda destinam um espaço a elas, ao mesmo tempo em que vemos ressurgir lançamentos de álbuns atuais em LP.


DJs e suas escolhas


DJ Marcelo Pimenta
Morador de Florianópolis há 16 anos, o mineiro Marcelo Pimenta, é o criador do projeto Nação Balanço, em 2005, que circulou por várias casas durantes muitos anos na Ilha. Desde então, muitos foram os desdobramentos desse projeto e as viradas em sua carreira que também incluem a participação em vários shows locais, nacionais e internacionais.

Para a exposição não poderia ser diferente: Pimenta dará ênfase à música brasileira, traduzindo-a também em cores e imagens. "Viajar pelo universo musical como 'pesquisador' é algo viciante e maravilhoso. A imersão é tamanha, que são necessários dispositivos de resgate para o mundo 'real'", explica. "O Brasil, nesse ano de 2018, foi cenário de tantos desafios, frustrações e desilusões. De modo que eu não poderia deixar de retratá-los aqui, mesmo que minimamente, com um pingo de humor, política, sexualidade, fake news, gente, amores e futuro. Nesse Brasil de tantas caras, cores e sons: Quem somos? E o que seremos em 2019?", complementa o DJ.

DJ Grazi Meyer
Além de DJ, é atriz, performer, professora de pole e dança, sócia proprietária do Maravilhosas Pole-Dança e criadora do Maravilhosas Corpo de Baile - um coletivo ARtivista Feminista que por meio da dança e do encontro promove o resgate e a ampliação da autoestima feminina. E é justamente o universo da produção musical protagonizada por mulheres que Grazi traz para a exposição.

"Nascer, ser lida como, tornar-se mulher... é existir num estado eterno de inadequação. Somos consideradas fracas, inaptas, incapazes, menores, menos importantes. Somos objetificadas e tiradas da condição de sujeito das nossas próprias vivências. A participação da mulher na sociedade, comumente é vista como acessório, somos vistas como musas que inspiram, não como artistas criadoras; como as que apoiam e estão sempre ao lado de um grande homem, criando os meios necessários para que as obras primas sejam possíveis e não como seres pensantes, pulsantes, com histórias para contar e talentos a explorar", diz Grazi. A DJ explica que buscou mulheres que representassem o feminino e encontrou alguns homens que se permitiram estar ao lado do feminino, a experimentar, mesmo que brevemente, a não masculinidade. "E afinal de contas: O que é uma mulher? Uma mulher é sempre uma mulher?", questiona.

DJ Jean Mafra
DJ, músico e pesquisador. Trabalha na área musical desde 2005. Compõe, produz, pesquisa e discoteca. Criador da Samambaia Sound Club, banda na qual foi vocalista e compositor, gravando 2 CDs e realizando mais de duas centenas de shows por todos os estados do sul e sudeste. Foi um dos responsáveis pelo coletivo de bandas Clube da Luta, gravou diversos trabalhos solo e em parceria com outros artistas, atua como produtor e discoteca regularmente mixando música brasileira, eletro, pop, entre outros ritmos.

"O Brazil não conhece o Brasil", a partir da citação de Querelas do Brasil, gravada por Elis Regina, Jean apresenta seu conceito para esta exposição. "Sou dos que pesquisa canções e discos, procura novos e velhos artistas e tenta organizá-los, amalgamá-los em momentos em que o DJ, tipo eu, é o Xamã que sente a pista como um corpo com febre e o incendeia rumo ao êxtase. A pista é uma metáfora também. Assim como o Brasil, com z ou com s", pontua. "O Brasil é caipira-pira-pora para enfeitar a noite do meu bem. É um país que olha pra si através de um espelho que lhe tenta transformar em outro: ora mais branco e menos 'latino', ora mais francês ou norte-americano e menos afrodescendente ou Tupi-guarani", diz Jean.

DJ Felipe Martins
Dono de um repertório quente e altamente dançante, traz no seu trabalho a versatilidade reconhecida no meio profissional, assim como sua ideologia de trabalho que valoriza a cultura brasileira e os ritmos nacionais. Com base na música negra, seu estilo abrange o universo da música brasileira e ritmos latinos em geral. Possui um vasto repertório, que vai de raridades ao que há de mais novo, sempre interessado pelas mais novas tecnologias e tendências musicais. Ao longo de seus quase 10 anos de pista já dividiu espaço com artistas como Emicida, Marcelo D2, B. Negão, Tropkillaz, DJ CIA (RZO), Kl Jay (Racionais MCs), Black Alien, Karol Conka, Tahira, Donavon Frankenreiter, As Bahias e a Cozinha Mineira, Criolo, DJ Nuts, Di Melo, entre outros. Atualmente, Felipe é residente na festa BAILA, em Florianópolis, e participa das principais festas do Lagoa-Caraíva, Bahia.

O DJ aborda, em sua contribuição para a mostra, questões da atualidade. “O que já foi tabu? O que não é mais? O que ainda é? E o que voltou a ser? Minhas escolhas refletem questões mais atuais do que nunca, embora sempre estivessem aí: corpo, sexualidade, objetificação, o lugar da mulher na sociedade, a construção e desconstrução da masculinidade e o conceito de família. Como construímos essas imagens? Como olhamos para elas? Como elas nos olham? Essas imagens nos constroem ou somos construídos por elas?", questiona.

DJ Gustavo Monteiro
Gustavo Monteiro era o DJ que comandava as festas do Clube da Luta, um dos principais movimentos/coletivos de música autoral catarinense. Usando o codinome Zé Pereira, embalava o intervalo entre as bandas e finalizava as festas com o tradicional "bailinho do Zé Pereira". Hoje, a presença de Gustavo Monteiro é constante nas principais festas do cenário musical alternativo de Florianópolis.

Gustavo Monteiro cresceu em meio à coleção de discos dos pais. Os LPs foram sua "babá". "Eles trabalhavam fora o dia inteiro e eu ficava ‘sozinho’ com os discos", relembra.

Para a exposição, Gustavo reviveu as lembranças das tardes que passou na companhia dos discos daquilo que sempre o atraiu nas capas: o design dos letreiros dos discos e das bandas. "As fotografias em preto e branco me lembram muito do cinema mais antigo, de que também gosto bastante. Também me chamavam a atenção as paisagens e a psicodelia, referências à música e a outras culturas e etnias que fugiam do contexto de Estados Unidos e Inglaterra”, completa.


Serviço:

O quê: Exposição Escolhidos pela Capa
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Visitação: de 21 de dezembro de 2018 a 17 de fevereiro de 2019. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Classificação Indicativa: 12 anos
Entrada gratuita
Mais informações: (48) 3664-2650

Mesmo fechado à visitação pública por cerca de dois meses, entre fevereiro e abril de 2018, quando passou por reforma elétrica, o Museu Histórico de Santa Catarina contabilizou um público de 42.872 visitantes em 2018. Os números podem ser ainda maiores se somarmos os participantes dos eventos sediados pelo Palácio Cruz e Sousa, além dos projetos e demais atividades promovidos ao longo do ano.

Todas essas pessoas puderam conhecer um pouco mais da história catarinense que está apresentada no Museu-Palácio que já foi sede do Governo do Estado. Além disso, estiveram em cartaz 16 exposições de curta duração, foram feitas 356 mediações de grupos de instituições de ensino, 36 ações educativas para os mais diversos públicos, 16 ensaios fotográficos e 48 eventos realizados em suas dependências (auditório, Sala Martinho de Haro e/ou jardins). Também é importante considerar a realização dos projetos gratuitos e abertos ao público, como as aulas de yoga e tango.

O Museu Histórico de Santa Catarina está localizado junto à Praça XV de novembro, no Centro de Florianópolis. A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 16. A entrada custa R$ 5 inteira e R$ 2 meia. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (48) 3665-6363.

Ascom FCC

Na próxima quinta-feira, 31, o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) promove uma mesa redonda com os artistas Fernando Lindote e Jairo Valdati e os curadores Juliana Crispe e Franzoi. O encontro será às 19h, com entrada gratuita.

O propósito do evento é falar sobre as exposições O Astronauta, que reúne obras de Fernando Lindote que integram o acervo do museu, e o projeto Claraboia, que nesta edição traz a mostra Território Fragmentado, de Jairo Valdati. Essas duas exposições estão em cartaz no MASC até 03 de fevereiro.


Sobre as exposições

A sétima edição do Projeto Claraboia é uma exposição com curadoria de Massimo Scaringella e Franzoi. Trata-se de uma instalação que tem como referencial teórico a discussão do território originalmente ocupado pelas espécies bióticas em detrimento a fragmentação realizada pela ocupação humana. A instalação tem cerca de 400 imagens aéreas representando todo o território do Estado de Santa Catarina. Estas imagens datam de 1958 e estão impressas sobre papel. Cada imagem mede aproximadamente 80 x 100 cm. Além das imagens são utilizadas folhas de plantas secas, coletadas em remanescentes florestais distribuídos pelo território do Estado.

A instalação ocupa a área denominada Espaço Claraboia e se apresenta como uma floresta reminiscente: as imagens enroladas e acopladas umas as outras formarão esculturas em forma de cilindros que darão ideia de troncos de árvores. O conjunto de aproximadamente 150 esculturas representam as áreas remanescentes dos territórios das espécies no território do Estado de Santa Catarina. O diâmetro e altura serão variáveis, adaptando-se ao local de exposição.

Ainda no MASC é possivel conferir a mostra “O Astronauta”, com bras de acervo do artista Fernando Lindote. Os trabalhos estão expostos na Sala de Vídeo do Museu.

 

Serviço:

Mesa Redonda no MASC

Data: 31 de janeiro de 2019

Horário: 19h

Local: MASC, localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), Florianópolis

Entrada gratuita.

 

 

 

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Na quinta e sexta-feira, dias 14 e 15 de fevereiro, serão realizadas as inscrições para a seleção dos alunos que irão frequentar a Escolinha de Arte da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em 2019. Os interessados devem procurar a secretaria da Escolinha, localizada no Centro Integrado de Cultura (CIC), das 13h às 18h. Não será necessário apresentar documento da criança no ato da inscrição.

O preenchimento das vagas ocorrerá exclusivamente por sorteio, que será no dia 19 de fevereiro de 2019, às 14h, na Sala de Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC). O resultado será fixado na porta da Escolinha de Arte e publicado aqui no site  da FCC, no dia 20 de fevereiro de 2018. Não haverá divulgação do resultado por telefone.

Os pais ou responsáveis pelos alunos contemplados no sorteio deverão efetuar a matrícula na secretaria da Escolinha de Arte nos dias 21 e 22 de fevereiro (quinta e sexta-feira), das 13h às 18h. Caso não compareçam, a vaga será perdida automaticamente.

Sobre a Escolinha

A Escolinha de Arte oferece cursos gratuitos de artes visuais, música e teatro para crianças com idades entre 5 e 12 anos. Também oportuniza e estimula experiências artístico-estéticas em diversas linguagens. Foi criada em agosto de 1963, quando suas atividades ficavam no mesmo espaço do Museu de Arte Moderna de Florianópolis, hoje Museu de Arte de Santa Catarina (Masc).

Horários para 2019

Matutino – Artes Visuais e Teatro

Idade: 5 e 6 anos
Dia: terça, quinta ou sexta-feira
Horário: 9h às 11h30

Idade: 7 e 8 anos
Dia: segunda ou quinta-feira
Horário: 9h às 11h30

Idade: 9 e 10 anos
Dia: terça ou sexta-feira
Horário: 9h às 11h30

Idade: 11 e 12 anos
Dia: segunda-feira
Horário: 9h às 11h30

Vespertino – Artes Visuais e Teatro

Idade: 5 e 6 anos
Dia: terça, quinta ou sexta-feira
Horário: 14h às 16h30

Idade: 7 e 8 anos
Dia: segunda, quarta ou quinta-feira
Horário: 14h às 16h30

Idade: 9 e 10 anos
Dia: terça ou sexta-feira
Horário: 14h às 16h30

Idade: 11 e 12 anos
Dia: segunda ou quarta-feira
Horário: 14h às 16h30

Serviço:

O quê: Inscrições para Escolinha de Artes
Quando: 14 e 15 de fevereiro de 2019, das 13h às 18h.
Resultado: 20 de fevereiro de 2019, pelo site www.cultura.sc.gov.br
Matrículas: 21 e 22 de fevereiro de 2019, das 13 às 18h.
Faixa etária: 5 a 12 anos.
Informações: (48) 3664-2648.

Na próxima terça-feira, 29, estreia na capital catarinense a performance Não Representadas, resultado de um processo de formação em teatro promovido pela Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade (ADEH), por meio do projeto Teatro Líder, contemplado na última edição do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. As apresentações serão realizadas nos dias 29, 30 e 31 de janeiro, às 20h e 1º de fevereiro, às 17h e às 20h, no Teatro  Sesc Prainha. A entrada é gratuita.

Dentro desse projeto foram oferecidas oficinas técnicas e artísticas gratuitas nos últimos seis meses à comunidade atendida pela ADEH. Conforme os organizadores, chegou o momento de mostrar ao púlico o que foi construído a partir das diversas experiências de criação artística que o grupo teve acesso, nas áreas de dramaturgia, figurino, maquiagem, produção e audiovisual. Além do espetáculo, será exibido um curta-metragem produzido em uma das oficinas.

O processo de criação da performance teatral Não representadas foi definido com metodologias de improviso e da investigação de procedimentos documentais. A ideia de Resistência foi disparadora de exercícios e jogos que iniciaram os participantes na linguagem do teatro e da performance. Em seguida os atores foram convidados a relatar passagens autobiográficas que significassem trajetórias pessoais de resistência. Algumas dessas histórias foram objeto de improvisações e organização dramatúrgica, e transformaram-se em cenas que transitam por tons, abordagens e linguagens diversas entre narrativa, depoimento, performance e representação. O objetivo era que os participantes encontrassem no processo criativo um espaço de acolhimento e resistência, e que fossem autores e protagonistas de sua própria representação. O elenco é diverso em cores, histórias e experiências. A saber: Alex Kizme, Carla Figueiredo, Jenn Lopez, Jéssica Modesto, Johnny Beng, Laurinha Brelaz, Rita Feijão, Suélen Rosa e Vicky Silveira. O curta-metragem produzido na oficina de audiovisual e que também será exibido nas noites das apresentações, também trabalha a narrativa dentro do gênero documentário.

Sobre o projeto Teatro Líder

O ciclo de ações de formação em artes cênicas e audiovisuais voltado para a comunidade LGBT a fim de instrumentalizar os participantes em técnicas e conceitos fundamentais para a criação artística nas linguagens do teatro, performance e documentário. O projeto teve o apoio do Sesc Prainha por meio do projeto Espaço Criação. É uma iniciativa realizada com o apoio do Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, Funcultural e Edital Elisabete Anderle/2017.

SERVIÇO

Espetáculo “Não representadas” e Exibição de curta-metragem

Datas: 29, 30 e 31 de janeiro, às 20h; 1º de fevereiro, às 17h e às 20h

Local: Teatro SESC Prainha (Tv. Siríaco Atherino, 100)

Classificação indicativa: 12 anos.

Entrada gratuita.