local: MASC
Organizador: MASC
Valor(es): entrada franca
Horário: Abertura : 26/06/2008, às 19:30h Visitação: 27/06 a 27/07/2008, das 13:00h às 21:00h, de terça a domingo.
Fotografia a "Pintura" do nosso tempo.
“Quando a mão para de intervir, o espírito começa a conhecer a ausência do esforço físico; a inspiração separa-se do processo técnico, o qual se entrega totalmente ao cálculo automático do aparelho.” (Salvador Dalí, “A Fotografia, Pura Criação do Espírito”
A tecnologia digital transformou radicalmente a fotografia: libertou-a das convenções do realismo. Com isto, a fotografia contemporânea se encontra na condição não só de ser a representação do real, mas também de ser a expressão da imaginação.
Com o fim da verdade na fotografia, introduziu-se uma perda de confiança. Qualquer imagem, qualquer representação é, a partir deste momento, uma mentira em potencial. Enquanto a eterna discussão entre a forma do aparecer da verdade e “da verdade em si” continua com força total, a simulação é a única verdade na qual podemos realmente confiar.
A preocupação central da pesquisa de Paulo Greuel na fotografia não é o registro do mundo real, ao contrário, é criar um mundo imagético, estimulado por sua peculiar visão virtual.
“Paraíso Tropical” é um processo que constitui um desdobramento das pesquisas do fotógrafo Paulo Greuel - de seus trabalhos anteriores - desenvolvidas em seus experimentos com questões relacionadas com a arte fotográfica entendida como linguagem. Tais pesquisas procuram articular uma elaboração estética própria.
Paulo Greuel, que aparece como um provocador do imaginário, metaforiza a idéia do “Paraíso Tropical” com uma vitalidade perturbadora. Sua obra contraria conceitos, ultrapassa o registro do “real”, fotografa o devir para fazer da fotografia uma ficção em seu espaço de liberdade. Seu trabalho revela-se assim como um dos possíveis e instigantes caminhos rumo a redefinição do olhar fotográfico na arte contemporânea.
A série em grande formato (100 X 133cm), “Paraíso Tropical” será apresentada, pela primeira vez, no Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis, com curadoria de Diógenes Moura, curador de fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo.