Entra na reta final o período de aulas do Projeto Yoga no Palácio de 2018, realizado semanalmente nas dependências do Palácio Cruz e Sousa, sede do Museu Histórico de Santa Catarina. A última aula do período matutino será realizada na sexta-feira, dia 07. Já a última aula do período noturno será realizada na segunda-feira, dia 10.
As aulas serão retomadas em fevereiro de 2019, com data a definir. As atividades são viabilizadas por meio de uma parceria entre a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e o curso de extensão Projeto Práticas Corporais da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc).
A partir do dia 06 de dezembro, o Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), sediado no Palácio Cruz e Sousa, recebe a mostra Dialéticas do Entorno, idealizada por um grupo de artistas membros da Associação Catarinense dos Artistas Plásticos (Acap).
Os artistas apresentarão o resultado da pesquisa que desenvolveram durante seis meses no entorno do MHSC. Todos os trabalhos são resultado destes diálogos, que nas suas diferenças, discutem este entorno particular repleto de sentidos que se deslocam entre tempos. Conforme os organizadores, numa ação diferenciada, dispositivos afetivos, sociais, poéticos, estéticos, se apresentam numa conversa que se junta para redirecionar o olhar de outro. Na primeira sala, como num diálogo único de uma série de fotos de celular, se juntam para formar outro, onde o foco se volta para a Praça XV, colocando em discussão "o diferente" sobre uma mesma paisagem.
Sobre a Associação
Fundada em 18 de março de 1975, por um seleto grupo de artistas idealistas e inovadores, despontou no cenário nacional como um movimento arrojado com o objetivo de incentivar e promover a cultura em Santa Catarina. O grupo de artistas apresentou à sociedade catarinense a disposição em constituir e movimentar uma associação cultural, atravessando as fronteiras, promovendo o acesso ao público às mais variadas expressões da arte e da cultura.
Não se pode falar de arte catarinense sem que o nome da Acap seja mencionado e valorizado por meio de uma trajetória de reconhecimento no cenário nacional e internacional, no incentivo a novos talentos, valorização do potencial criativo de seus associados, na firme construção de uma bagagem cultural, na articulação do sistema de arte, criando oportunidades e expandindo possibilidades através da cultura.
Inúmeros encontros culturais, leilões de arte, exposições, mostras, cursos, oficinas, palestras sobre arte e cultura, integração com alunos de escolas regulares e cursos livres, projetos e participações em feiras e congressos, mantiveram a Acap em constante atuação nesses 43 anos. Mais do que uma associação, a Acap tem como maior objetivo fortalecer a identidade cultural do local onde atua, por meio dos registros de suas inúmeras manifestações culturais, gerando benefícios para todos os envolvidos.
Serviço
Mostra Dialéticas do Entorno
Abertura: 06/12/2018 às 19 h
Visitação: 07/12/2018 à 27/01/2019
Local: Sala 01 e sala 02/ Museu Histórico de Santa Catarina
Horário: Terça a sexta-feira das 10h às 18h
Sábado, domingo e feriados das 10h às 16h.
Ingressos: R$ 5 inteira; R$ 2 meia-entrada (mediante comprovação, para estudantes; menores de 18 anos; doadores de sangue registrados em hemocentros de Santa Catarina; professores exercendo docência nos níveis infantil, fundamental e médio). Entrada gratuita, mediante comprovação, para professores acompanhando a turma; crianças com idade inferior a 5 anos; pessoas com deficiência; maiores de 60 anos; guias turísticos. Aos domingos, a entrada é gratuita para todos.
No dia 13 de dezembro abre a exposição de curta duração Paisagem Passagem: uma ponte em 30 dias, do artista MC Coelho, no Museu Histórico de Santa Catarina, sediado no Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis. A mostra foi contemplada no edital de exposições temporárias do museu.
Conforme o artista, a exposição está baseada num diário visual com a Ponte Hercílio Luz como personagem principal. É um recorte temporal, num ato de desenhar durante todo o mês de setembro de 2017, o que resultou em trinta e cinco trabalhos com uma mesma técnica: lápis de cor aquarelável sobre papel preto. Todos os desenhos foram executados in loco em uma a três horas, com exceção de alguns poucos que foram concluídos em duas etapas, principalmente em virtude de chuvas ou ventos muito fortes.
A proposta da exposição é compartilhar os desenhos de uma forma a propiciar uma experiência estética com a imersão através da visão do conjunto. As imagens estão dispostas na mesma sequência em que foram desenhadas durante os 30 dias. A cronologia é tal qual o artista foi assimilando a paisagem. Na primeira quinzena os desenhos foram realizados a partir das cabeceiras insular e continental. Na segunda quinzena uma parte é dos desenhos é feita dentro da ponte, junto com as atividades dos operários destacando o movimento constante dos trabalhadores nas passagens da estrutura, sob os andaimes, as torres, subindo e descendo dos guindastes, em terra e em mar.
Foi necessário entender melhor o funcionamento da estrutura de apoio para a desmontagem e reconstrução da ponte. A nova estrutura de apoio que se mistura com a antiga criando uma visão inteiramente nova e efêmera na paisagem. Neste momento a ponte não é apreensível como o velho cartão postal. No lugar de uma totalidade o fragmento, no lugar de linhas simples, a complexidade e hibridismo das formas. Este conjunto estrutural precisava ser visto mais de perto. Assim, foi solicitada uma autorização prévia para fazer algumas visitas técnicas e então desenhar e pintar sobre a passagem da ponte. Para andar na estrutura, além de muita atenção, foi preciso se adequar às normas de segurança: uma maior proteção para os pés, um capacete de obras e sempre portar um casaco corta-vento.
Sobre o processo de trabalho do artista
A ponte é um lugar que o artista costuma desenhar de vez em quando, mas a sequência constante permitiu observar de uma forma mais intensa as passagens do tempo, da luz, dos ventos, dos fluxos das marés. O canal do Estreito é o ponto mais próximo entre a ilha e o continente. Permanecer nas cabeceiras no cotidiano ajudou ao artista perceber parte de um contato perdido com o mar. Perceber cada hora do dia como especial, o começo da manhã, o meio-dia, o fim da tarde. E as noites com as luzes da cidade, dos bairros, a escuridão do céu ampliada pela escuridão da gigante estrutura apenas com as pequenas luzes de alerta verdes e vermelhas. Enfim, uma mudança a cada instante.
Interação com os pescadores e operários da ponte
O processo de trabalho na rua normalmente é desenhar no momento sem precisar continuar o trabalho no atelier, ou seja, não há retoques, não há acabamento. O fato de permanecer algumas horas num único lugar, observando e desenhando acaba propiciando uma interação com as pessoas que estão de passagem. Muitas vezes foram colocadas opiniões sobre o trabalho, sugestões, críticas, mas acima de tudo a admiração da prática do desenho no local e as palavras de incentivo. Houve muitas conversas, risos, confidências. No caso das cabeceiras a presença simpática dos pescadores e moradores que habitam embaixo da grande estrutura e que mantém uma parte desta tradição do encontro com o mar e os ventos.
Sobre o artista
Mário César Coelho ou MC Coelho como é mais conhecido é natural de Florianópolis. Arquiteto, fez mestrado e doutorado em História na UFSC. A dissertação Moderna Ponte Velha foi defendida em 1997. A tese de Doutorado enfoca os Panoramas Perdidos de Victor Meirelles. Professor do Departamento de Expressão Gráfica/CCE/UFSC, atualmente pesquisa a relação entre quadrinhos e Arquitetura. Participou como pesquisador no documentário Ponte Hercílio Luz: patrimônio da humanidade do diretor Zeca Pires. Realizou as exposiçõesCores Traços Rastros no Museu Hassis em 2012 e Ruínas em Florianópolis na Fortaleza de Anhatomirim em 1992. Participou da Oficina Bonson revisitado: percursos. Seu desenho da ponte foi capa do DC em 16 de maio de 2015. Publicou os capítulos Victor Meirelles e a Empresa de Panoramas em Victor Meirelles: novas leituras; A Ponte Cartão-Postal em A Casa do Baile; Visões do Desterro em Encantos da Imagem entre outros.
Serviço
PAISAGEM PASSAGEM: UMA PONTE EM 30 DIAS
Abertura: 13/12/2018 às 19 h
Visitação: 13 de dezembro de 2018 (quinta-feira) à 03 de fevereiro de 2019
Local: Sala Martinho de Haro / Museu Histórico de Santa Catarina
Horário: Terça a sexta-feira das 10h às 18h
Sábado, domingo e feriados das 10h às 16h.
De 23 de novembro a 09 de dezembro, a Sala Martinho de Haro, localizada no Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), no Palácio Cruz e Sousa, recebe a exposição Resistence. A mostra terá fotografias produzidas por uma marca social que fortalece a autoestima das mulheres negras. Serão expostos painéis com 15 imagens, contando a história da marca, do projeto e das mulheres retratadas.
O horário de visitação do MHSC é de segunda a sexta-feira das 10h às 18h, aos sábados e domingos das 10h às 16h.
A mostra é promovida pela marca ER Freitas. Inspiradas na história dos seus ancestrais e nas suas próprias realidades, Elisa Freitas, modelo e miss Santa Catarina e Rosangela Freitas, design, irmãs, mulheres, negras, moradoras de uma comunidade periférica de Florianópolis, resolveram empreender. Motivadas pela empatia com a história de outras mulheres e tocadas pela necessidade de fazer deste mundo um lugar melhor para viver, criaram uma marca social que já nasceu fortalecida pela cultura negra e pela sua importância na sociedade. Por meio de projetos e produtos, tem o objetivo de fortalecer a autoestima das mulheres negras, tirando-as da invisibilidade, contando as suas histórias, melhorando o que está no seu entorno e mostrando o seu papel social.
Informamos que nesta segunda-feira, 19, não haverá aula de Yoga no Palácio, em virtude da programação agendada no Museu Histórico de Santa Catarina.