Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) leva a Videira a exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas, que retrata o importante episódio da história catarinense. A exposição ficará aberta de 17 de março a 26 de abril no Museu do Vinho de Mario de Pellegrin, em Videira. A mostra itinerante é uma versão modular, com a mesma arte e o mesmo conteúdo, da exposição aberta em 2012 no Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis.
Para a montagem da exposição, que tem curadoria do pesquisador Fernando Romero, a equipe de técnicos da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC participou de vários estudos junto aos sítios históricos. Foram visitados os municípios de Irani, Taquaruçu (distrito de Fraiburgo), Três Barras, Porto União, Matos Costa, Calmon, Lebon Régis, além dos museus, arquivos e coleções nas cidades de Irani, Curitibanos, Campos Novos, Mafra, Lages, Porto União, Caçador, Matos Costa e Lebon Régis. O objetivo foi buscar subsídios para a construção das exposições temáticas, além de estabelecer contato com os agentes culturais. A FCC trabalhou com apoio de museus, universidades, municípios, fundações e outras entidades para a reunião do acervo exposto.
Sobre a Guerra do Contestado
A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: a ecologia, a liberdade religiosa, a posse da terra e a contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes que até hoje reclamam nossa consideração.
Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.
Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.
Desde então, a Guerra foi narrada de diversas formas pelos diferentes personagens que dela tomaram parte e por aqueles que refletiram sobre ela posteriormente. Analisar essas narrativas é uma forma de recontar essa história com a perspectiva do presente. Recordar as marcas, reavivar as memórias, mostrar os lugares que lembram esse passado deve contribuir para analisarmos com outros olhos o nosso tempo atual e ver que muitos dos temas trazidos pelos rebeldes do Contestado continuam tão vivos como há 100 anos.
Serviço:
O quê: Exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas
Visitação: de 17 de março a 26 de abril de 2015. De terça a sexta-feira, das 8h30min às 12h; e das 13h30min às 18h
Onde: Museu do Vinho de Mario de Pellegrin - Rua Padre Anchieta, 344 - Bairro Matriz - Videira (SC)
Informações: (49) 3566-6133
Entrada gratuita
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A utilização de esculturas sobre túmulos que teve seu auge no século 19, e início do século 20, é o objeto da exposição fotográfica Diálogo entre Eros, Psique e Thanatos, de Ro Cechinel. A mostra fica aberta até 29 de março na Sala Martinho de Haro, no Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis, espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
As imagens foram captadas pela artista nos cemitérios de “Staglieno”, em Gênova, na Itália, e da “Consolação” e “Necrópole São Paulo”, na capital paulista, e provocam uma reflexão sobre os mistérios da vida e da morte. As 30 fotos realizadas por Ro Cechinel não são reproduções das esculturas, mas um recorte do erotismo sublinhado pela artista, que pesquisa o tema desde 2010.
Esculpidas em granito, mármore e bronze, as peças formam um museu à céu aberto. Os cemitérios de Staglieno e da Consolação têm visitas guiadas. As esculturas eram realizadas em jazigos das famílias abastadas e das mais diferentes religiões: judaica, protestante, muçulmana, católica e também em sepulturas de ateus. As obras são representações de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito, inocência, sofrimento, dor, reflexão e arrependimento.
Na fotografia O último adeus, que faz um recorte sobre uma escultura de Olliani, de 1946, no cemitério Necrópole São Paulo, a cena apresenta a tristeza da mulher que perdeu seu companheiro. Na representação da imagem, ele - o morto -, é representando pelo vigor da vida, enquanto ela - a viva -, está desfalecida como se estivesse morta pela “partida” de seu amor.
Em Êxtase, foto realizada no cemitério da Consolação a partir de uma escultura de artista desconhecido, a falecida era mulher de um engenheiro italiano que veio morar no Brasil no começo do século 20. Na sepultura, de 1922, a jovem que morreu logo na chegada ao continente é representada em toda sua opulência.
Noutra foto, O beijo, captada no cemitério de Staglieno, em Gênova, a escultura ilustra o jazigo de uma moça da família Delmas, do escultor Luigi Orengo, de 1909. A jovem morta faleceu num acidente de automóvel e Ro Cechinel cria uma ambiguidade sensual inexistente na escultura, criando uma outra narrativa para a imagem.
No texto sobre a mostra, a professora e curadora Lucila Horn escreve: “Se Thanatos induz a solidão com seu manto de morte, a artista em seus enquadramentos preferiu flertar com Eros que nos convida à vida, ao amor e à sensualidade, recebendo de Psique a promessa da eterna aurora”.
Segundo Ro Cechinel, algumas das centenárias esculturas que fazem parte destes “museus”, revelam uma carga emocional, um sentimento de ausência e fazem pensar sobre o “mistério da beleza e da morte ”, às vezes com uma carga erótico-sensual que muitos escultores imprimiram em suas obras, eternizando sentimentos privados que pela primeira vez se tornaram públicos.
Entre as fotos da mostra, foram selecionadas cinco imagens que serão apresentadas ao lado de poemas de Cruz e Sousa, cujos textos poéticos estão em diálogo com as fotografias da artista. Os textos escolhidos do poeta simbolista são Serpente de cabelos, Dança do ventre, Cristo de Bronze e Beleza morta.
Rosane Cechinel é natural de Apucarana, no Paraná. É graduada em artes visuais pela Udesc, onde fez especialização em arte educação. Frequentou oficinas, workshops e cursos de fotografia. Vive em Florianópolis desde 1972, onde lecionou educação artística em escolas estaduais e municipais. Participou de salões e exposições coletivas e individuais em Santa Catarina e na Itália, onde passou a dividir o seu calendário artístico-profissional nos últimos sete anos.
Durante a exposição, no dia 18 de março, às 19 horas, no Palácio Cruz e Sousa, a professora de História da Arte na Universidade Federal de Goiás, Maria Elizia Borges, ministra a palestra A escultura italiana e a sua influência na arte tumular brasileira. Autora do livro A Arte Funerária no Brasil e História da Arte Brasileira, Maria Elizia fez doutorado na PUC de São Paulo e é uma das principais especialistas sobre o tema no Brasil
Serviço:
O quê: Exposição Diálogo entre Eros, Psique e Thanatos, de Ro Cechinel.
Visitação: de 27 de fevereiro a 29 de março, de terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h.
Onde: Sala Martinho de Haro do Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa. Praça 15 de Novembro, Centro, Florianópolis.
Entrada gratuita
Informações: (48) 3665-6363
Fonte: Fifo Lima / Assessoria da exposição
Foi inaugurado nesta segunda-feira (2) o Café Matisse, no Centro Integrado de Cultura (CIC), espaço administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em Florianópolis. O novo ambiente está na entrada, ao lado da rampa de acesso para o Teatro Ademir Rosa, e opera como cafeteria. Durante a solenidade, o secretário estadual de Turismo, Cultura e Esporte, Filipe Mello, destacou o papel deste espaço na convivência dos frequentadores do CIC. "Este é o primeiro passo para darmos nova vida a esta casa. Estamos unindo e integrando diversas formas de arte e sabemos como este local é importante", declarou.
"Reabrir este espaço tão importante de convívio e manifestação artística dentro do CIC é uma grande conquista", comemorou a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin.
O novo formato do Café Matisse foi desenvolvido por empreendedores que ganharam a licitação oferecida pelo governo do Estado no ano passado. O cardápio foi elaborado para oferecer opções que agradem os mais diversos paladares, por isso uma seleção de crepes, doces e salgados, serão servidos, além de quitutes de confeitaria. O horário de funcionamento será das 10h às 22h, quando algum espetáculo estiver acontecendo, o café só fecha após o encerramento da apresentação.
Fonte: Assessoria de Comunicação SOL
O Museu WEG de Ciência e Tecnologia acaba de lançar seu tour virtual, uma facilidade para mergulhar no universo de ciência e tecnologia que o museu oferece, além de poder conhecer etapas do processo produtivo dos motores elétricos e suas aplicações no cotidiano, além de claro, conhecer os mais de 50 anos da WEG.