O Grupo Cena 11 está de volta à cidade com o espetáculo “Eu não sou só eu em mim – Estado de Natureza: Procedimento 01”. Em abril deste ano o Grupo circulou pelas cidades catarinenses Jaraguá do Sul, Itajaí, Joinville e Blumenau, em Florianópolis os ingressos se esgotaram em 4 horas, com um enorme sucesso de público.
As apresentações fazem parte da proposta Cultural realizada com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, pela Fundação Catarinense de Cultura [FCC], por meio do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2023 e conta também com o apoio do Jurerê Sports Center.
O espetáculo, também foi apresentado neste ano no tradicional “Holland Festival”, e propõe um contraponto anarco coreográfico sobre o conceito de “povo brasileiro”, presente na obra do antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997), com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. Com concepção e direção de Alejandro Ahmed, a obra é o primeiro procedimento de aplicação teórico-prática do novo projeto do grupo, que utiliza dispositivos estruturados em inteligência artificial para construir um ecossistema coreográfico.
Em cena, 10 integrantes, entre bailarinos, bailarinas e bailarines, além de um pianista interagem com dispositivos tecnológicos e suas interfaces autônomas dando vazão, segundo Alejandro Ahmed, a “uma dança proposta como um ecossistema algorítmico”. Um ambiente que retroalimenta a dança, a palavra, o som e imagens, onde “o artificial é de ordem natural”.
Neste contexto, a dança, a tecnologia e a filosofia incorporam unicidade à ação do Cena 11 através de um espetáculo enérgico, diverso e altamente sensorial. O que é identidade e o que é cultura, especificamente em um país onde convivem pessoas de muitas culturas e origens diferentes? Com novas questões e movimentos, “Eu não sou só eu em mim” revela que a identidade brasileira é única em sua fluidez e constante mudança.
Como é próprio da sua natureza libertária em relação ao fazer artístico nestes 30 anos de atuação, o Cena 11 aplica neste novo trabalho a sua “anarco-coreografia” com o objetivo de horizontalizar hierarquias entre linguagem e comportamento. “No corpo do Cena 11, dançar é um campo de conhecimento composto da articulação entre a força da gravidade e os músculos, ossos e emoções. ‘Eu não sou só eu em mim’ é verdade, todo mundo é feito das pessoas e experiências que encontrou em suas vidas”, explica o diretor do Cena 11.
Classificação: 16 anos
*O espetáculo contém sequência com flashes de luz que podem afetar espectadores fotossensíveis.
*A trilha sonora tem volume acima da média e pode impactar na audição de pessoas com sensibilidade auditiva.
Entrada gratuita, com ingressos disponíveis uma semana antes da data do evento pela plataforma Sympla.
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