Está aberta à visitação em Chapecó, no Oeste catarinense, a exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas promovida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), por meio do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC) e Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC). A mostra que retrata o importante episódio da história catarinense poderá ser visitada até 2 de dezembro no hall de entrada do Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina (CEOM). A exposição itinerante é uma versão modular, com a mesma arte e o mesmo conteúdo, da exposição aberta em 2012 no Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis.
Para a montagem da exposição, que tem curadoria do pesquisador Fernando Romero, a equipe de técnicos da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC participou de diversos estudos junto aos sítios históricos. Foram visitados os municípios de Irani, Taquaruçu (distrito de Fraiburgo), Três Barras, Porto União, Matos Costa, Calmon, Lebon Régis, além dos museus, arquivos e coleções nas cidades de Irani, Curitibanos, Campos Novos, Mafra, Lages, Porto União, Caçador, Matos Costa e Lebon Régis. O objetivo foi buscar subsídios para a construção das exposições temáticas, além de estabelecer contato com os agentes culturais. A FCC trabalhou com apoio de museus, universidades, municípios, fundações e outras entidades para a reunião do acervo exposto.
Capacitação aos professores
Como parte da programação da mostra, no dia 21 de setembro, será realizada a oficina Possibilidades de ações educativas: "Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas" também em Chapecó. Serão capacitados 40 professores da rede escolar municipal, que participarão da atividade ministrada pelo professor Delmir José Valentini. Os professores conhecerão o material educativo da exposição, contendo propostas de atividades educativas transdisciplinares como mais um recurso para potencializar a visita à exposição e seus desdobramentos na escola.
Sobre a Guerra do Contestado
A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: a ecologia, a liberdade religiosa, a posse da terra e a contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes que até hoje reclamam nossa consideração.
Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.
Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.
Desde então, a Guerra foi narrada de diversas formas pelos diferentes personagens que dela tomaram parte e por aqueles que refletiram sobre ela posteriormente. Analisar essas narrativas é uma forma de recontar essa história com a perspectiva do presente. Recordar as marcas, reavivar as memórias, mostrar os lugares que lembram esse passado deve contribuir para analisarmos com outros olhos o nosso tempo atual e ver que muitos dos temas trazidos pelos rebeldes do Contestado continuam tão vivos como há 100 anos.
Serviço:
O quê: Exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas
Visitação: de 2 de setembro a 2 de dezembro de 2016.
De segunda a sexta-feira, das 8h30min às 12h; e das 13h às 17h
Onde: Rua Líbano, 111D, Bairro Passo dos Fortes - 2º piso do Terminal Rodoviário. Centro de Memória do Oeste de Santa Catarina - CEOM - Chapecó/ (SC)
Inscrições de grupos escolares e informações: (49) 3323-4779 / 3324-6914
Entrada gratuita
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Informações da organização do evento
O Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) chega à maioridade e, para comemorar, promove o 4º Discotecando no MIS no dia 23 de setembro, às 19h, com o comando dos DJs Gustavo Monteiro (Zé Pereira) e Grazi Meyer, a primeira mulher a participar do projeto. Esta edição tem ainda outras novidades: celebra os 10 anos do Clube da Luta, cuja exposição fotográfica segue aberta no Museu, e incentiva a acessibilidade ao fazer parte da Semana Inclusiva da Grande Florianópolis, com a participação de bailarinos da Cenarium Escola de Dança e da Grão Cia de Dança, que irão interagir com o público cadeirante que estiver no evento. Para completar, promove a mobilidade disponibilizando uma garagem de bicicletas para os ciclistas deixarem gratuitamente seus veículos em frente ao Centro Integrado de Cultura (CIC).
O Discotecando no MIS tem o objetivo de propiciar ao público o acesso ao rico acervo sonoro do Museu, em eventos que unem boa música e descontração. As três primeiras edições foram realizadas em julho e outubro de 2015 e em junho de 2016, e contaram com a participação de centenas de pessoas que lotaram o espaço expositivo do MIS.
Inclusão
Nesta edição, o Discotecando ocorre junto à exposição fotográfica Clube da Luta - 10 Anos e está dentro das atividades oficiais da Semana Inclusiva da Grande Florianópolis. A mostra traz recursos de acessibilidade ao público cadeirante, com fotografias em altura reduzida para ficar à altura dos olhos; e para pessoas com deficiências visuais e auditivas, dispondo de fichas técnicas em versão Braille e legendas descritivas nos clipes e documentários exibidos no espaço.
Além disso, o evento terá outra particularidade: a comunidade cadeirante, além de ouvir boa música, poderá interagir com bailarinas e bailarinos da Cenarium Escola de Dança, representada pela Grão Cia de Dança, e a bailarina Ni Barbosa, do Espaço Erê, que ficarão à disposição de quem estiver aberto para se entregar à experiência de dançar, curtir e sentir.
Mobilidade
Os ciclistas que quiserem participar do Discotecando despreocupados poderão aproveitar uma nova facilidade que estará à disposição gratuitamente em frente do CIC: a garagem móvel de bicicletas. O serviço oferecido pela empresa Eu Vou! Bike Parking funcionará em horário estendido até o fim do evento.
Aniversário do MIS/SC
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) completa 18 anos de criação no sábado, dia 24 de setembro. Mas a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), administradora do espaço, resolveu antecipar a comemoração na sexta-feira e promover o Discotecando.
O MIS/SC foi criado oficialmente pelo decreto nº 3198, de 24 de setembro de 1998, com a finalidade de preservar, documentar, pesquisar e comunicar acervos audiovisuais de relevância nacional e preferencialmente do Estado de Santa Catarina. Atualmente, conta com um acervo de cerca de 7,6 mil itens divididos entre as coleções de Filmes (1,3 mil títulos), Som (6 mil títulos), Imagens (130 registros históricos), Equipamentos (154 itens) e Registros Textuais (mais de 100 roteiros e projetos).
Sobre os participantes
DJ Grazi Meyer
Atriz, humorista, DJ e passista de escola de samba. Trocou a pista de dança pela cabine do DJ dez anos atrás, quando descobriu que poderia transformar a balada num lugar que toca todas as músicas que quer ouvir. Há três anos é residente da festa "Brasilidades" em Curitiba e em Floripa tocou em quase todas as festas de quase todas as casas alternativas da cidade. Atuando em São Paulo desde o começo de 2016, é presença frequente na pista da Pilantragi - a mais tradicional festa de música brasileira da cidade - e uma das DJs responsáveis pela animação do final de semana no Bebo Sim. Também já carimbou passaporte nas festas QBeleza, Catuaba, Quarta é Feira com Vinil, em eventos no Espaço Urucum e chegou até Jundiaí, onde botou o povo pra dançar no meio da praça. Seu estilo pode ser definido por algo do tipo "música para bater cabelo, jogar os braços pro alto, cantar junto, sacudir os quadris e ser feliz".
DJ Gustavo Monteiro
Além de trabalhar na produção , Gustavo Monteiro era o DJ que comandava as festas do Clube da Luta. Usando o codinome Zé Pereira, Gustavo Monteiro embalava o intervalo entre as bandas e finalizava as festas com o tradicional "bailinho do Zé Pereira". Hoje, a presença de Gustavo Monteiro é constante nas principais festas do cenário musical alternativo de Florianópolis.
Cenarium Escola de Dança
A escola de dança dirigida por Aline Menezes está localizada no bairro Itacorubi, em Florianópolis, e reúne em um só espaço, a força da cultura catarinense, proporcionando para seus alunos qualidade de ensino por meio da arte-educação, em um lugar aconchegante e harmonioso. Nos seus 11 anos de história, o objetivo da escola se mantém em atingir um público heterogêneo e oferecer opções para todas as idades e gostos, disponibilizando diversas modalidades de aulas e cursos.
Serviço:
O quê: Discotecando no MIS/SC - DJs Grazi Meyer e Gustavo Monteiro
Quando: 23/09/2016, às 19h
Onde: Espaço expositivo do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) - Centro Integrado de Cultura (CIC) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita
Informações: (48) 3664-2650
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1762676360657115/
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC