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O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) receberá o evento de encerramento do 11º Salão Nacional Victor Meirelles com a realização de uma nova edição do projeto Encontros no MASC, no dia 1º de julho, às 19h. O evento terá uma conversa com Luciara Ribeiro e Ricardo Resende, integrantes da Comissão de Seleção e com a curadora Juliana Crispe, bem como com os artistas selecionados/premiados presentes. A mediação será feita pela administradora do Masc, Susana Bianchini. A participação no evento é gratuita e aberta ao público.

Sobre os participantes:

Luciara Ribeiro: nasceu em Xique-Xique/BA, vive em São Paulo/SP. É educadora, pesquisadora e curadora. Mestra em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo e pela Universidade de Salamanca. Tem Graduação em História da Arte também pela Universidade Federal de São Paulo. Interessa-se por questões relacionadas à decolonização da educação e das artes e pelo estudo das artes não ocidentais, em especial as africanas, afro-brasileiras e ameríndias. Atualmente é docente no Departamento de Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina.

Ricardo Resende: nasceu em Guaranésia/MG, vive em São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ. Curador, Mestre em História da Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), tem carreira centrada na área museológica. Trabalha desde 1988 em instituições como o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, a Funarte (Rio de Janeiro) e o Centro Cultural São Paulo, quando desempenhou as funções de arte-educador, produtor de exposições, museógrafo, curador assistente, diretor, diretor-geral e curador de instituição. Curador do Projeto Leonilson, de 1996 a 2017. De 2017 a 2020, foi Curador da Fábrica de Arte Marcos Amaro, em Itu, São Paulo. É curador do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea desde 2014, no Rio de Janeiro.

Juliana Crispe: nasceu e vive em Florianópolis/SC. Curadora-Geral e Curadora de Montagem do Salão Nacional Victor Meirelles (MASC, 2022). É professora, curadora independente, pesquisadora, arte-educadora e artista visual. Desenvolve projetos curatoriais desde 2007, tendo participado de mais de uma centena de exposições, com destaque em SC, e também atuado nos estados de SP, RJ, PR e RS. Tem pós-doutorado no PPGAV/UDESC, doutorado em Educação pelo PPGE/UFSC, mestrado em Artes Visuais pelo PPGAV/UDESC, licenciatura em Artes Visuais pelo CEART/Udesc e bacharelado em Artes Plásticas também pelo CEART/Udesc. Participa de Conselhos e Comissões em
Editais de Artes Visuais. É membra do Conselho Deliberativo do Masc e da ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte). É coordenadora do Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza.

Mediação:
Susana Bianchini: nasceu em Brusque/SC, vive e trabalha em Florianópolis/SC. Administradora do Masc, é artista visual formada pelo Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Sua trajetória inclui exposições de pintura no Brasil e no Exterior. Como gestora cultural teve passagem no Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), Gerência de Políticas de Cultura na Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte.

Serviço:

Encontros no Masc - Salão Nacional Victor Meirelles
Dia: 01/07/2022
Horário: das 19h às 21h
Local: Espaço Claraboia, no Masc
Entrada gratuita (não é necessário fazer inscrição).

 
 

O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) será palco, na próxima sexta-feira (27), da performance “Gênesis 03:16” e da conversa “O corpo negro em ação de contra-ataque: performance como re-existência”, ambas com a artista Priscila Rezende. Ambas as atividades fazem parte da programação da mostra do 11º Salão Nacional Victor Meirelles, que segue aberta à visitação no Museu, e têm entrada gratuita.

As ações ocorrem em parceria com o Projeto Integrado do Curso de Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART/UDESC). A performance “Gênesis 03:16” foi selecionada para o 11º Salão Nacional Victor Meirelles.

Sobre a artista

Priscila Rezende é artista visual e desenvolve trabalhos em vídeo, instalação, fotografia e objeto, mas tem a performance como produção predominante em sua trajetória. Raça, identidade, inserção e presença do indivíduo negro e das mulheres na sociedade contemporânea são os principais norteadores e questionamentos levantados no trabalho dela.

Partindo de suas próprias experiências, limitações impostas, discriminação e estereótipos são expostos em ações corporais viscerais, que buscam estabelecer com o público um diálogo direto e claro. A artista propõe ao público partilhar e ser confrontado por diferentes realidades, de forma a deslocá-lo de suas posições de conforto e a questionar prerrogativas cristalizadas.

Priscila é graduada em Artes Visuais pela Escola Guignard-UEMG (Belo Horizonte, Brasil) com habilitação em Fotografia e Cerâmica. Em sua atuação destaca-se a presença em exposições e performance em diversas regiões do Brasil como Amapá, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo; e em países como Alemanha, Espanha, EUA, Holanda, Inglaterra e Polônia.

Serviço:

O quê: Performance “Gênesis 03:16” e conversa “O corpo negro em ação de contra-ataque: performance como re-existência”, com a artista Priscila Rezende.
Quando: 27/05/2022 (sexta-feira), às 18h.
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita

Momento bastante esperado pelo público e artistas da área, será aberta na próxima segunda-feira (9), às 19h, a exposição com as obras vencedoras do 11º Salão Nacional Victor Meirelles, no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC). Trabalhos dos 25 artistas selecionados serão colocadas para a visitação do público com entrada gratuita até 3 de julho de 2022.

Dos trabalho selecionados entre os 560 inscritos de todo o país, destacaram-se as obras fotográficas "Cosmografia", de Amanda Melo da Mota Silveira (SP); e "Não consigo respirar" e "Pavor Negro", de Sérgio Adriano Dias Luiz (SC), primeiras colocadas com a mesma pontuação, que receberão o prêmio de aquisição no valor de R$ 20 mil.

A exemplo das edições mais recentes do Salão, nesta dois artistas serão homenageados com salas dedicadas especialmente às suas obras: João Otávio Neves Filho, o Janga (1946-2018); e Carlos Asp. A curadoria da exposição é assinada por Juliana Crispe.

Artistas participantes

Aline Brune (Salvador-BA)
Amador e Jr. Segurança Patrimonial LTDA (Rio de Janeiro-RJ)
Amanda Melo da Mota (São Paulo-SP)
Bruno Faria (São Paulo-SP)
Bruno Novaes (São Paulo-SP)
Carlos Asp (Viamão-RS)
Claudia Zimmer (Blumenau/SC)
Djuly Gava (Florianópolis-SC)
Fran Favero (Florianópolis-SC)
Jan M.O (Joinville-SC)
Kaue Garcia (Campinas-SP)
Lia Cunha (Salvador-BA)
Luana Navarro (Curitiba-PR)
Luiza Baldan (Rio de Janeiro-RJ)
Morena (Brasília-DF)
Mônica Vaz (Belo Horizonte-MG)
Milla Jung (Curitiba-PR)
Noara Quintana (Florianópolis-SC)
Priscila Rezende (Belo Horizonte/MG)
Rafa Black (São Paulo-SP)
Raquel Stolf (Florianópolis-SC)
Rodrigo Zeferino (Ipatinga/MG)
Romy Huber (Itajaí-SC)
Rudolfo Auffinger e Keythe Tavares (Joaçaba/SC)
Sérgio Adriano H. (Joinville-SC)

Membros da Comissão de Avaliação

Paulo Miyada
Fernanda Magalhães
Ricardo Resende
Luciara Ribeiro
Cristiana Tejo
Juliana Crispe

Sobre o 11º Salão Nacional Victor Meirelles

Com inscrições abertas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, esta edição 11º Salão Nacional Victor Meirelles recebeu 560 inscrições vindas de todas as regiões do país, sendo que 406 foram habilitadas para a etapa final e 25 selecionadas como vencedoras. Criado em 1993 e voltado às artes visuais, o concurso realizado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) tem valor total de R$ 215 mil. As duas obras melhor colocadas receberão, ainda, R$ 20 mil cada pela aquisição. Foram contempladas proposições de trabalhos artísticos nas modalidades de Desenho, Escultura, Fotografia, Gravura, Instalação, Objeto, Performance, Pintura, Videoarte, outras mídias contemporâneas e novas tecnologias.

O Salão homenageia o artista catarinense Victor Meirelles de Lima, nascido em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em 1832 e falecido no Rio de Janeiro, em 1903. Foi pintor, desenhista e professor. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em Paris, pintou sua obra mais conhecida “Primeira Missa no Brasil”, exposta pela primeira vez no Salão de Paris, de 1861.

Sobre os vencedores do prêmio de aquisição

Escudo Amanda MeloCosmografia - Amanda Melo da Mota Silveira: a série de cinco fotografias está vinculada a encontros com rezadeiras, coletivo de mulheres e grupos que celebram solstícios e equinócios, realizados nos sítios arqueológicos e monumentos megalíticos da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, ocorridos durante três anos. A pesquisa procurou investigar um dos mais ricos acervos rupestres do planeta, contendo 65 sítios arqueológicos com centenas de inscrições e também dezenas de sítios com pedras orientadas. As pedras, possivelmente serviam como calendários astronômicos aos primeiros habitantes da região, cuja ocupação iniciou-se cerca de 5 mil anos atrás. Algumas dessas inscrições rupestres estão propositalmente alinhadas aos diferentes locais onde o sol nasce nas mudanças de estação. É provável que os povos originários usassem esse calendário para uma série de atividades cotidianas como a pesca, plantio, colheita, caça e para rituais de fertilidade. As fotografias trazem para hoje as relações de um pensamento mítico, perpassado por narrativas e oralidades estreitamente alinhadas com pensamentos filosóficos do agora, permitem acessar uma realidade via conservação de descobertas transmitidas por ancestralidades perdidas, de geração em geração, em narrativas que não podem deixar de existir para a garantia de transmissão de novos estados de vida.

Sergio Adriano SNVM

Não consigo respirar e Pavor Negro - Sérgio Adriano Dias Luiz:  com base em um fato histórico altamente significativo, o primeiro marco oficial do descobrimento do Brasil, no ano de 1501, as obras buscam entender como foi o início da colonização do Brasil, desconhecidos por muitos já que a historiografia nem sempre é a verdadeira, e tentar compreender como chegamos até aqui, uma busca pelo descolonialismo. Os livros História do Brasil propõem pensar nas histórias ausentes, no que foi amordaçado, as palavras não ditas, palavras tomadas. Dar voz ao que foi calado. São livros que lidam com as fronteiras entre a história social ocultada e a história que foi apresentada, numa proposta de um “P.S.” (post scriptum).

 

 

 

 

Sobre os homenageados

João Otávio Neves Filho, conhecido como Janga (1946 - 2018), teve forte ligação com a arte e a cultura, com vasto currículo no campo das artes visuais, curadoria de exposições, crítica, divulgação e promoção da arte catarinense, em especial, a de Florianópolis. Foi o idealizador da galeria de artes Casa Açoriana: Artes e Tramoias Ilhoas em 1985 de Santo Antônio de Lisboa. Também foi membro do Conselho Estadual de Cultura.

Carlos Roberto Carneiro Asp, ou Carlos Asp (1949), é natural de Porto Alegre (RS), onde expôs pela primeira vez suas gravuras aos 17 anos. A maior parte de sua carreira, no entanto, ocorre em Santa Catarina, onde atua há mais de 40 anos. A partir dos anos 1970, participou de exposições e salões de arte em diversas cidades do país. Também foi professor do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Serviço:

O quê: Exposição do 11º Salão Nacional Victor Meirelles
Abertura: 9 de maio de 2022, às 19h
Visitação: até 3 de julho de 2022. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre*
(Exceto para a Sala de Vídeo, na qual a classificação indicativa é 18 anos)

Já está definida a data para a abertura da exposição com as obras vencedoras do 11º Salão Nacional Victor Meirelles. No dia 9 de maio, às 19h, os trabalhos dos 25 artistas selecionados serão colocadas para a visitação do público, com entrada gratuita, no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC).

Dos trabalho selecionados entre os 560 inscritos de todo o país, destacaram-se as obras fotográficas "Cosmografia", de Amanda Melo da Mota Silveira (SP); e "Não consigo respirar" e "Pavor Negro", de Sérgio Adriano Dias Luiz (SC), primeiras colocadas com a mesma pontuação, que receberão o prêmio de aquisição no valor de R$ 20 mil.

A exemplo das edições mais recentes do Salão, nesta dois artistas serão homenageados com salas dedicadas especialmente às suas obras: João Otávio Neves Filho, o Janga (1946-2018); e Carlos Asp. A curadoria da exposição é assinada por Juliana Crispe.

Artistas participantes

Aline Brune (Salvador-BA)
Amador e Jr. Segurança Patrimonial LTDA (Rio de Janeiro-RJ)
Amanda Melo da Mota (São Paulo-SP)
Bruno Faria  (São Paulo-SP)
Bruno Novaes (São Paulo-SP)
Carlos Asp (Viamão-RS)
Claudia Zimmer (Blumenau/SC)
Djuly Gava (Florianópolis-SC)
Fran Favero (Florianópolis-SC)
Jan M.O (Joinville-SC)
Kaue Lopes (Campinas-SP)
Lia Vaquer (Salvador-BA)
Luana Navarro (Curitiba-PR)
Luiza Baldan (Rio de Janeiro-RJ)
Morena (Brasília-DF)
Mônica Vaz (Belo Horizonte-MG)
Mylla Jung (Curitiba-PR)
Noara Quintana (Florianópolis-SC)
Priscila Rezende (Belo Horizonte/MG)
Rafa Black (São Paulo-SP)
Raquel Stolf (Florianópolis-SC)
Rodrigo Zeferino (Ipatinga/MG)
Romy Huber (Itajaí-SC)
Rudolfo Auffinger e Keythe Tavares (Joaçaba/SC)
Sérgio Adriano H. (Joinville-SC)

Membros da Comissão de Avaliação

Paulo Miyada
Fernanda Magalhães
Ricardo Resende
Luciara Ribeiro
Cristiana Tejo
Juliana Crispe

Sobre o 11º Salão Nacional Victor Meirelles

Com inscrições abertas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, esta edição 11º Salão Nacional Victor Meirelles recebeu 560 inscrições vindas de todas as regiões do país, sendo que 406 foram habilitadas para a etapa final e 25 selecionadas como vencedoras. Criado em 1993 e voltado às artes visuais, o concurso realizado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) tem valor total de R$ 215 mil. As duas obras melhor colocadas receberão, ainda, R$ 20 mil cada pela aquisição. Foram contempladas proposições de trabalhos artísticos nas modalidades de Desenho, Escultura, Fotografia, Gravura, Instalação, Objeto, Performance, Pintura, Videoarte, outras mídias contemporâneas e novas tecnologias.

O Salão homenageia o artista catarinense Victor Meirelles de Lima, nascido em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em 1832 e falecido no Rio de Janeiro, em 1903. Foi pintor, desenhista e professor. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em Paris, pintou sua obra mais conhecida “Primeira Missa no Brasil”, exposta pela primeira vez no Salão de Paris, de 1861.

Sobre os vencedores do prêmio de aquisição

Escudo Amanda MeloCosmografia - Amanda Melo da Mota Silveira: a série de cinco fotografias está vinculada a encontros com rezadeiras, coletivo de mulheres e grupos que celebram solstícios e equinócios, realizados nos sítios arqueológicos e monumentos megalíticos da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, ocorridos durante três anos. A pesquisa procurou investigar um dos mais ricos acervos rupestres do planeta, contendo 65 sítios arqueológicos com centenas de inscrições e também dezenas de sítios com pedras orientadas. As pedras, possivelmente serviam como calendários astronômicos aos primeiros habitantes da região, cuja ocupação iniciou-se cerca de 5 mil anos atrás. Algumas dessas inscrições rupestres estão propositalmente alinhadas aos diferentes locais onde o sol nasce nas mudanças de estação. É provável que os povos originários usassem esse calendário para uma série de atividades cotidianas como a pesca, plantio, colheita, caça e para rituais de fertilidade. As fotografias trazem para hoje as relações de um pensamento mítico, perpassado por narrativas e oralidades estreitamente alinhadas com pensamentos filosóficos do agora, permitem acessar uma realidade via conservação de descobertas transmitidas por ancestralidades perdidas, de geração em geração, em narrativas que não podem deixar de existir para a garantia de transmissão de novos estados de vida.

Sergio Adriano SNVM

 

Não consigo respirar e Pavor Negro - Sérgio Adriano Dias Luiz:  com base em um fato histórico altamente significativo, o primeiro marco oficial do descobrimento do Brasil, no ano de 1501, as obras buscam entender como foi o início da colonização do Brasil, desconhecidos por muitos já que a historiografia nem sempre é a verdadeira, e tentar compreender como chegamos até aqui, uma busca pelo descolonialismo. Os livros História do Brasil propõem pensar nas histórias ausentes, no que foi amordaçado, as palavras não ditas, palavras tomadas. Dar voz ao que foi calado. São livros que lidam com as fronteiras entre a história social ocultada e a história que foi apresentada, numa proposta de um “P.S.” (post scriptum).



Sobre os homenageados

João Otávio Neves Filho, conhecido como Janga (1946 - 2018), teve forte ligação com a arte e a cultura, com vasto currículo no campo das artes visuais, curadoria de exposições, crítica, divulgação e promoção da arte catarinense, em especial, a de Florianópolis. Foi o idealizador da galeria de artes Casa Açoriana: Artes e Tramoias Ilhoas em 1985 de Santo Antônio de Lisboa. Também foi membro do Conselho Estadual de Cultura.

Carlos Roberto Carneiro Asp, ou Carlos Asp (1949), é natural de Porto Alegre (RS), onde expôs pela primeira vez suas gravuras aos 17 anos. A maior parte de sua carreira, no entanto, ocorre em Santa Catarina, onde atua há mais de 40 anos. A partir dos anos 1970, participou de exposições e salões de arte em diversas cidades do país. Também foi professor do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Serviço:

O quê: Exposição do 11º Salão Nacional Victor Meirelles
Abertura: 9 de maio de 2022, às 19h
Visitação: até 3 de julho de 2022. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita

Neste mês de fevereiro de 2022 completam-se 100 anos da realização da Semana de Arte Moderna de 1922, quando um grupo de artistas e intelectuais ocupou o Teatro Municipal de São de Paulo promovendo um movimento que buscava romper com os manuais de arte tradicionais impostos pela cultura europeia e dominados pelos chamados “passadistas”. O evento também tinha como objetivo a adequação do Modernismo a novas formas de expressão e a valorização de uma arte mais nacional.

O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) abriga em sua coleção permanente obras de vários artistas que fizeram parte do movimento de 22. O acervo da instituição foi formado a partir da Exposição de Arte Contemporânea trazida a Florianópolis em 1948 pelo escritor carioca Marques Rebelo, que tinha como intenção que o evento frutificasse e desse origem a um museu. O objetivo do escritor foi alcançado e, a 18 de março de 1949, o Decreto Estadual nº 433 criou o Museu de Arte Moderna de Florianópolis (MAMF), atual Museu de Arte de Santa Catarina (MASC).

Na coleção nacional do Museu figuram nomes de destaque entre os modernistas, como Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Djanira, Emeric Marcier, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral, Guignard, José Pancetti, Carlos Scliar, Iberê Camargo, Aldo Bonadei, Mário Zanini, Antonio Maia, e Lívio Abramo. Entre os catarinenses que integraram o Grupo Sul, cuja iniciativa trouxe ao estado o Modernismo, e que estão representados no acervo do MASC estão Meyer Filho, Aldo Nunes, Hassis, Hugo Mund Jr. e Martinho de Haro.

Para conferir algumas destas obras pessoalmente, o público pode visitar a exposição de longa duração Coleção MASC, aberta gratuitamente de terça-feira a domingo, das 10h às 21h. No site da instituição também é possível navegar pelo Acervo Virtual do Museu sem sair de casa. 

Modernismo no Brasil e em Santa Catarina

As ideias trazidas especialmente por Oswald de Andrade e Anita Malfatti, depois de viajarem para a Europa e conhecerem as chamadas vanguardas europeias (como o expressionismo, fauvismo, cubismo, futurismo, dadaísmo e surrealismo) que já propunham ruptura com a arte tradicional, foram a mola propulsora para o movimento. A Semana, que ficou famosa pelas vaias e críticas, é um marco para a cultura e produção artística brasileira no século XX e provocou mudanças mais profundas nas décadas seguintes. Segundo declaração do escritor Oswald de Andrade em 1942, a Semana de Arte Moderna de 1922 deixou para o futuro o legado do direito à busca estética contra a normatização da tradição e a atualização da inteligência brasileira, promovendo uma consciência nacional.

Em Santa Catarina, o Modernismo surgiu por iniciativa do Grupo Sul, movimento artístico de expressão na década de 1950. Quando da criação do grupo, a Semana de 22, que já estava sendo reavaliada pela Geração de 45, ainda não tinha chegado a Florianópolis. O Círculo de Arte Moderna, como primeiro se autodenominou, defendeu um modernismo sem rejeição do passado, mas determinado a mudar os parâmetros tradicionalistas das artes. Em 1948, foi um dos incentivadores da exposição que deu origem ao MASC.