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Fazer trabalho voluntário como dentista no interior do Maranhão, um dos estados mais pobres do Brasil, foi a pedra de toque na vida da catarinense Bruna Kadletz. Ali, aos 25 anos, ela começou a perceber o que queria fazer no futuro. A ideia ficou mais clara quando viajou ao deserto do Saara, em 2012, e participou do hammam, o banho turco público.  A forma solidária como foi acolhida pelas mulheres marroquinas, mesmo sendo uma estrangeira, ajudou-a a vencer preconceitos e a entender o valor do acolhimento de pessoas que deixam seu país fugindo da guerra e da fome. Três anos depois, cursando o Mestrado em Sociologia e Mudança Global da Universidade de Edimburgo, Escócia, Bruna viajou a Johannesburgo, na África do Sul, para realizar uma pesquisa com populações refugiadas. Foi então que o ciclo se fechou.

Bruna decidiu abandonar a odontologia para se dedicar integralmente às causas humanitárias e hoje coordena a entidade de apoio a pessoas em deslocamento, a Círculos de Hospitalidade, sediada em Florianópolis, Santa Catarina. No livro Minha terra mora em mim, que lançará dia 12 de setembro, ela relata o drama de refugiados e imigrantes que conheceu na África do Sul, Turquia, Jordânia, Líbano, Hungria e Brasil. São histórias comoventes de crianças do campo de refugiados de Bourj el-Barajneh, no Líbano, e do orfanato do Vale do Bekaa;  do Sheik que salva meninas de casamentos forçados; da mãe que não pode transmitir à filha a tradição culinária de seus ancestrais; do professor palestino, Said As, que vive em refúgio e cuja frase deu origem ao título do livro.

Como a própria autora explica: “o livro Minha terra mora em mim é um singelo passo em direção à visão de paz, justiça, inclusão e equidade que muitos de nós almejamos. Ao compartilhar algumas das histórias que cruzam meu caminho nas viagens, eu tenho a intenção de ressaltar as nuances que geralmente não rendem manchetes, a face humana que sustenta números e estatísticas.”

A porcentagem da venda do livro que cabe à autora será integralmente destinada aos projetos de ajuda humanitária do Círculos de Hospitalidade, principalmente ao orfanato do Vale do Bekaa, ameaçado de fechar por falta de recursos.

Dados adicionais:

Hoje há no mundo mais de 70,8 milhões  de pessoas deslocadas em razão de guerras, conflitos e perseguições. Destes, nem todos são considerados refugiados, somente os 25,9 milhões que atravessaram fronteiras internacionais e tiveram sua solicitação de refúgio reconhecida. Mais de 3 milhões de pessoas ainda aguardam reconhecimento e são chamados de solicitantes de refúgio. Os outros 41,3 milhões que permanecem deslocados dentro do seu território nacional são denominados deslocados internos.

No Brasil há 11.231 pessoas reconhecidas como refugiadas pelo Estado brasileiro. Desse total, os sírios representam 36% da população refugiada com registro ativo no Brasil, seguidos dos congoleses, com 15%, e angolanos, com 9%. O ano de 2018 foi o maior em número de solicitações de reconhecimento de condição de refugiado. Isso porque o fluxo venezuelano de deslocamento aumentou exponencialmente. No total, foram mais de 80 mil solicitações no ano passado, sendo 61.681 de venezuelanos. (Dados: Acnur)

SERVIÇO :

Lançamento do livro "Minha terra mora em mim", de Bruna Kadletz, Editora Insular
Data: 12 de setembro de 2019, quinta-feira
Horário: das 19h às 21h
Onde: Centro Integrado de Cultura (CIC), em frente à Biblioteca de Arte & Cultura 
Florianópolis, SC.

 programação de setembro do Cineclune Infantil está com uma seleção de curtas e longas-metragens voltada às crianças. As sessões ocorrem todos os sábados, às 16h, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), com entrada gratuita. A realização é uma parceria entre a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis e a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), administradora do espaço.

PROGRAMAÇÃO:


Dia 07/09:

TaináTainá – Uma Aventura na Amazônia
Direção: Tânia Lamarca e Sérgio Bloch
País: Brasil
Gênero: Ficção
Ano: 2001
Duração: 85 min
Classificação indicativa: livre
Sinopse: Tainá vive na Amazônia com o avô, um sábio índio. Por defender a floresta dos caçadores, é perseguida e tem de se mudar para uma vila, onde conhece Joninho, um menino da cidade grande. Juntos, aprendem a lidar com os valores da cidade e da floresta.

 

Dia 14/09:

dalivincasso

Sessão curtas-metragens Nacionais
Duração: 58 min
Classificação indicativa: livre
Com a exibição dos filmes:

Vovó Tá na Cozinha (de PG Santiago, animação, São Paulo, 2012, 3min)
Dance com a vovó fazendo o jantar!

Alma Carioca – Um Choro de Menino (de Willian Côgo, animação, Rio de Janeiro, 2002, 7min)
História de um menino que vive na zona portuária do Rio de Janeiro da década de 20 e testemunha o surgimento do Choro, quando encontra os grandes mestres pioneiros desse estilo puramente carioca. 

Vai Que é Tua Tafarinha (de George Augusto, ficção, Amazonas, 2015, 5min)
Dois curumins desbravam o Rio Amazonas e, em uma canoa, encontram durante o percurso o material necessário para a prática do esporte que é a paixão dos brasileiros.

Bud’s Songs Time (de Hélder Nóbrega, animação, São Paulo, 2012, 4min)
Acompanhe a história do velho Roxx, caminhando mais uma vez pelo deserto de Gueramba. Ele chega até seu local preferido e como de costume, começa a tocar uma canção. A música atrai Bud, o monstro, um velho conhecido seu.

Disque Quilombola (de David Reeks, documentário, Rio de Janeiro, 2012, 13min)
Crianças do Espírito Santo conversam de um jeito divertido sobre como é a vida em uma comunidade quilombola e em um morro da cidade de Vitória. Através de uma brincadeira, revela-se o quanto a infância tem mais semelhanças do que diferenças.

Dalivincasso (de Marcelo Castro e Marlon Amorim Tenório, animação, SP/RJ, 2014, 11min)
Um quadro inédito, o encontro de dois gênios em uma única pintura, chega ao museu numa noite chuvosa. O zelador observa a obra sendo levada ao salão onde será exposta ao público. A caixa molhada pinga sobre a pintura, amolece a tinta e liberta os pintores, que saem pelo museu interferindo de forma cubista e surrealista nas obras.

Traz outro Amigo Também (de Frederico Cabral. Ficção, Rio Grande do Sul, 2011,15min)
Um detetive é contratado por um homem para encontrar seu amigo de infância, desaparecido há mais de 50 anos. Como encontrar alguém que só existe na imaginação de uma pessoa?

Dia 21/09: não haverá sessão do Cineclube Infantil, devido à realização do Tac Tic Tum Festival de Música Infantil no local.

Dia 28/09:

dilili a paris 03Dilili em Paris (Dilili à Paris)
Direção: Michel Ocelot
País: França
Gênero: Animação
Ano: 2018
Duração: 95 min
Classificação indicativa: livre (Indicação da Mostra: a partir de 8 anos)
Legendado
Sinopse: Com a ajuda do seu amigo entregador, uma jovem Kanak chamada Dilili investiga uma série de sequestros de jovens garotas que está assolando a Paris da Belle Epoque. Em sua busca, eles encontram personagens que os ajudam com pistas para a solução desse mistério.

A sala de Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC) recebe de 2 a 6 de setembro, com reprise no dia 8, a programação da Semana de Plástico. A iniciativa exibirá produções inéditas da produtora Filmes de de Plástico, representante do novo cinema nacional, fundada há 10 anos na periferia de Contagem (MG), que investe em linguagem e representa a periferia, com filmes que traduzem a vida nos grandes centros urbanos. As sessões ocorrem sempre às 20h e têm entrada gratuita.

De 2 a 4 de setembro, a Semana de Plástico apresenta 13 curtas-metragens realizados por Maurilio Martins, André Novais de Oliveira, Thiago Macêdo e Gabriel Martins, sócios-fundadores da produtora. No 5, quinta-feira, será exibido o inédito Ela Volta na Quinta, de André Novais Oliveira, primeiro longa-metragem do diretor, com elenco formado por sua própria família. A produção foi premiada e exibida em festivais de diversas cidades do país e também na França e Holanda.

No dia 6, sexta-feira, a Semana terá a estreia nacional do filme No Coração do Mundo, com a atriz e dramaturga Grace Passô. O filme teve estreia mundial no International Film Festival Rotterdam, na Holanda, em maio deste ano. Após a projeção, haverá debate com os convidados Andressa Versa, rapper da Trama Feminina, organizadora da Batalha das Mina; Daniel DKG Dekilograma, rapper organizador do SLAM continente; Luiz F. Machado, cineasta e Tiago Kawata, arte-educador e editor de vídeo. No debate haverá a première do clipe "Haters" de MV Bill com Kmila CDD, gravado em Florianópolis, dirigido por Luiz F. Machado e montado por Tiago Kawata.

Fechando a programação, no dia 8 de setembro, domingo, será reprisado o filme No Coração do Mundo.

A realização é uma produção da Filmes de Plástico, com organização da Cinemática Catarinense, apoio do Cineclube Unisul e parceria com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC).


PROGRAMAÇÃO:

2 de setembro (segunda-feira) - 20h:
Sessão Curtas de Plástico #1
Pouco Mais de um Mês (23')
Nada (27')
Fantasmas (11')
Quinze (26')
[total (87')]
Classificação indicativa - 14 anos

3 de setembro (terça-feira) - 20h:
Sessão Curtas de Plástico #2
Domingo (11')
Pelos de Cachorro (15')
No Final do Mundo (5')
Filme de Sábado (18')
Mundo Incrível REMIX (24')
[total (73')]
Classificação indicativa - 14 anos

4 de setembro (quarta-feira) - 20h:
Sessão Curtas de Plástico #3
Contagem (18')
Constelações (25')
Dona Sônia (18')
Quintal (20')
[total (81')]
Classificação indicativa - 14 anos

5 de setembro (quinta-feira) - 20h
Sessão Longa-Metragem #1
ELA VOLTA NA QUINTA
Direção: André Novais Oliveira
Brasil, 2016, 110'
Classificação indicativa - 12 anos

6 de setembro (sexta-feira) - 20h:
Sessão Longa-Metragem #2
NO CORAÇÃO DO MUNDO, estreia nacional
Direção: Gabriel Martins e Maurílio Martins
Brasil, 2019, 120'
Classificação indicativa - 16 anos

8 de setembro (domingo) - 20h:
NO CORAÇÃO DO MUNDO
Direção: Gabriel Martins e Maurílio Martins
Brasil, 2019, 120'
Classificação indicativa - 16 anos
* sessão extra de reprise *

Mais informações: https://www.facebook.com/events/452322672302774/

O documentário de curta-metragem As Rendas de Dinho, com direção e roteiro de Adriane Canan, terá sua pré-estreia em Florianópolis dia 7 de setembro, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), às 20h, dentro da programação do Cineclube Cinema Unisul. Vencedor do Prêmio Catarinense de Cinema 2018, promovido pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o curta mostra fragmentos do universo superlativo de Ediwaldo Pedro de Oliveira, o Dinho, para além do espaço que ocupa como o primeiro e um dos únicos rendeiros do Pântano do Sul e de toda a ilha de Santa Catarina.

Na sessão, Dinho estará rendando ao vivo. Quem quiser, também pode contribuir com um quilo de alimento para doação, que será entregue por ele e as demais rendeiras do Armazém da Renda posteriormente a uma instituição.

A renda é um fio condutor de uma espécie de talk show sobre a extraordinária história da vida de Dinho, hoje com pouco mais de 60 anos. Rompeu cedo com protocolos tradicionais e, enquanto os outros garotos de uma das mais tradicionais comunidades de Florianópolis iam para alto-mar e já começavam a lida com as redes de pesca, ele aprendia a fazer renda de bilro, às escondidas, com uma prima.

Cedo também aprendeu o que é o preconceito relacionado à orientação sexual. Foi embora de sua cidade, viveu em diversos lugares: São Paulo, Toronto, Vancouver. Foi garçom, dançarino e professor de lambada, fez muitas coisas. Viveu amores, ganhou muitos amigos.

Há cerca de 20 anos, voltou ao Pântano do Sul. Já foi dono de um bar onde, entre as mesas e o balcão, tramava sua renda. Foi motorista de ambulância. Foi precursor na organização do Carnaval e nos desfiles de fantasia no Pântano. Hoje a renda é seu foco.

O filme tem a equipe composta majoritariamente por mulheres. As locações principais são o Pântano do Sul, onde Dinho vive e nasceu, e o Mercado Público, seu local de trabalho, no Armazém da Renda. Conta também com recursos de acessibilidade para o público, audiodescrição, legendas e tradução em LIBRAS.


Serviço:

O quê: Pré-estreia do curta-metragem As Rendas de Dinho
Quando: 7 de setembro (sábado), às 20h
Sessão com recursos de acessibilidade (audiodescrição e tradução em LIBRAS)
Onde: Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Entrada gratuita.
Classificação indicativa: 12 anos.

O Espaço das Oficinas do Centro Integrado de Cultura (CIC) recebe nesta quinta-feira (29), às 18h, a abertura da exposição Açores: a Literatura Desenhada, que reúne 42 desenhos, estudos, esboços, ilustrações de livros e gravuras assinadas pelo veterano pintor, escritor e professor açoriano Tomaz Borba Vieira. A mostra segue aberta à visitação gratuita até 9 de setembro, diariamente, das 10h às 21h. A realização é uma promoção conjunta da Fundação Catarinense de Cutura (FCC) e do Instituto Internacional Juarez Machado (IIJM).

A exposição, ainda inédita no Brasil, apresenta obras que revelam cenas cotidianas da Ilha de São Miguel, onde o artista nasceu e hoje mantém um centro cultural, imagens de barcos e navios da diáspora açoriana e pequenos retratos de escritores de língua portuguesa como Camões, Bocage, Fernando Pessoa e Mia Couto. A curadoria é do catarinense Edson Busch Machado, que viajou até o ateliê do artista nos Açores para selecionar as obras e fazer o convite.

“Selecionei as obras mais intimistas do artista, desenhos que dialogassem com a literatura, que mostrassem a genética da criação entre imagens e palavras “, afirma o curador, “e tivessem a sintonia
com o local da exposição a Biblioteca do Instituto “, conclui. A exposição é resultado do protocolo de cooperação assinado no mês de abril entre Edson, que é o diretor do IIJM, e o presidente da Câmara Municipal da cidade de Ponta Delgada na Ilha de São Miguel, José Manoel Bolieiro.

Sobre o artista

Tomaz Borba Vieira aos 81 anos expõe pela primeira vez no Brasil. Nasceu em 1938 em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores, e estudou pintura, arte mural e pedagogia das artes em Portugal, Itália e Estados Unidos. É pintor, escritor, professor, ilustrador e curador do Centro Cultural nos Açores. Participa de exposições em diversas partes do mundo, produz murais para espaços públicos, tem livros publicados e recebeu inúmeros prêmios. A exposição em território brasileiro iniciou em Joinville, no IIJM, e agora chega a Florianópolis, cidade-irmã de Ponta Delgada, a terra natal do artista.

Serviço:

O quê: Exposição Açores: a Literatura Desenhada
Artista: Tomaz Borba Vieira
Onde: Espaço das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Abertura: 29 de agosto de 2019, às 18h
Visitação: de 30 de agosto a 9 de setembro de 2019, das 10h às 21h.
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita