De Mozart a Besen via Queen

O Hoc Non Coda apresenta em “De Mozart a Besen – Via Queen” uma jornada temporal (mas não necessariamente cronológica ou linear) que conecta três compositores ou bandas que contam com peças no repertório do grupo, e como cada um deles se tornaram as bases fundamentais desse concerto e de seu conceito. 

Wolfgang Amadeus Mozart: compositor austríaco do período clássico, um prodígio da música, autor de mais de 600 obras onde muitas delas se tornaram referências na música sinfônica, operística, pianística e de canto coral. Seu Requiem é uma das composições musicais mais executadas da história, e o elevado grau de complexidade de seus arranjos o colocam no patamar de um dos melhores compositores do ocidente, sendo admirado até mesmo pelos mais leigos. É, sem sombra de dúvida, um ícone pop. “Lacrimosa” foi uma das primeiras peças escolhidas para o repertório do Hoc Non Coda, e “Ave Verum Corpus” foi adicionada especialmente para esse concerto.

Carlos Besen: compositor catarinense (natural da cidade de Antônio Carlos), e um dos maiores expoentes da música de canto coral no estado. Desde 1976, dedica a sua vida à educação musical dos jovens, compondo e desenvolvendo arranjos para canções dos principais nomes da música brasileira, além de sempre resgatar temas do folclore de Santa Catarina. Além de ser um dos primeiros regentes do Coral do IEE (Instituto Estadual de Educação), foi responsável pelo nascimento do Coral do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) e do Coral da UDESC (Universidade Estadual de Santa Catarina). Sem Carlos Besen, o Hoc Non Coda (muito provavelmente) não existiria.

Queen: banda de rock britânica fundada em 1970, formada por Brian May, Freddie Mercury, John Deacon e Roger Taylor. Conhecida por ser altamente eclética, transita por diferentes estilos dentro do seu gênero, mas adicionando na sua sonoridade elementos do período clássico (como em “Bohemian Rhapsody”) e, ao mesmo tempo, do popular contemporâneo, tal como Carlos Besen fez em seus corais (um exemplo disso está na vibrante “Don’t Stop Me Now”). É um dos pontos de unanimidade e unidade musical entre os componentes do Hoc Non Coda.-

“De Mozart a Besen – Via Queen” prova, na prática, que é perfeitamente possível estabelecer as conexões entre personalidades da música tão diferentes e, ao mesmo tempo, semelhantes em suas respectivas trajetórias e visões de mundo. Cada um deles influencia decisivamente na sonoridade do Hoc Non Coda, pois propõem em seus legados o ato revolucionário de fazer da música o ato de contar histórias sobre o tempo em que vivemos, quem nós somos como coletivo e onde nós estamos inseridos em cenários com contextos muito maiores do que nossas individualidades.

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