Valor(es): R$ 40,00 R$ 20,00 meia entrada R$ 25,00 cliente Hippo R$ 32,00 sócios Clube do Assinante NÃO ACEITA CHEQUE
Horário: sábado 21hs domingo 20hs
A ideia de se basear no Sexo, Mentiras e Videotape pra contar essa historia, é muito interessante. Até que ponto as mentiras podem ser verdade? Até que ponto, o jogo da verdade-ou-mentira comanda nossas ações diárias? Só mesmo vendo a peça e participando deste "play" (do inglês "to Play" brincar, jogar, atuar, apertar o botão do videotape) pra entender, ou nao, como a mentira nos envolve o tempo todo.
A direção fica a cargo de Ivan Sugahara, o texto é assinado por Rodrigo Nogueira(indicado ao Prêmio SHELL 2009 de melhor autor por esta peça), que também atua no espetáculo ao lado de Michel Blois, Daniela Galli e Maria Maya, que interpreta a personagem Inês de Caminho das Índias. O cenário e os figurinos são de Rui Cortez.
No palco, Ana (Daniela Galli), Cíntia (Maria Maya) e João (Rodrigo Nogueira) reproduzem o triângulo amoroso retratado no cinema. João é casado com Ana, uma moça tímida e retraída, mas a trai com a sensual Cíntia, sua cunhada.
Jonas (Michel Blois), amigo de João, desestabiliza as relações. Se no filme de Soderbergh ele era um homem que gravava mulheres por não conseguir mais manter relações sexuais "ao vivo", em "Play", Jonas grava mulheres por ser um artista que está fazendo um projeto. Um projeto que se confunde com a realidade de cada um dos personagens.
Em cena, cinco vídeos são exibidos num telão: duas atrizes desconhecidas, uma mulher anônima e as personagens Ana e Cíntia relatam momentos de intimidade que tiveram em suas vidas. A constante variação entre verdade e mentira cria um jogo instigante entre palco e plateia, em uma brincadeira na qual todos são jogadores - inclusive quem assiste.
Lançado em 1989, "sexo, mentiras e videotape" rendeu a Palma de Ouro a Steven Soderbergh no Festival de Cannes, além de um prêmio de melhor ator a James Spader, então apontado como uma revelação. No ar na pele do advogado Alan Shore da série "Boston Legal", Spader despontou no gosto da crítica interpretando, sob a direção de Soderbergh, o atormentado Graham Dalton que, impotente após um trauma afetivo, satisfaz seus desejos gravando depoimentos de mulheres carentes