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local: TAC- Teatro Alvaro de Carvalho
Organizador: Festival de Música Contemporânea Aliança Francesa
Valor(es): R$10,00 e R$5,00 (meia)
Site: www.affloripa.com.br/festival
Horário: 20hs
Música contemporânea brasileira para clarinete e percussão:
Possuindo trajetórias com muitos pontos em comum, Paulo Passos (clarinete e saxofone) e Joaquim Abreu (percussão) começaram a trabalhar juntos em 1998, interpretando obras de L. C. Csekö . A partir daí, suas apresentações têm se multiplicado e diversos compositores têm escrito e dedicado obras ao Duo. Já se apresentaram em quase todos os estados do Brasil, além da França e Colômbia, participando dos principais eventos ligados à música brasileira contemporânea: Bienal da Música Brasileira Contemporânea, Bienal de Música Eletroacústica de São Paulo, Projeto Rumos Musicais - Itaú Cultural (SP), Projeto Sonora Brasil - Sesc Nacional – 32 concertos por todo país, Concerto em homenagem ao CDMC-Brasil Unicamp (Cité de la Musique, Paris), Simpósio de Música Contemporânea Colômbia-Brasil (Medellín, Colômbia), entre outros. São integrantes da Xaranga Anárquica de L. C. Csekö e do Ensemble Jocy de Oliveira. Integram dois trios de música: um com a soprano Andrea Kaiser e outro com a pianista Sara Cohen, com os quais têm participado de importantes festivais no Brasil e exterior.
Programa :
Eduardo G Álvares – Noctívolos * ( 2000)
Para clarinete/clarone e percussão
Leo Brouwer – Paisaje Cubana Con Ritual ( 1993 )
Para Clarone , vibrafone e marimba
Intervalo
Jocy de Oliveira – Striding Trough Rooms
Para clarone solo amplificado
L C Csekö – Noites do Catete 5 ( 2007)*
Para berimbau solista, tape pré – gravado e light design
L C Csekö – Canções Dos Dias Vãos 9 ( 2002 )*
Para clarinetes, tape pré – gravado e ligth design)
L. C. Csekö – Canções dos Dias Vãos 6 ( 1998 )*
(para clarone/requinta e percussão e light design
*Obras dedicadas ao Duo Paulo Passos & Joaquim Abreu
“Há, basicamente, dois tipos de intérpretes: os que se consagram à música do passado; e os que fazem da música viva, presente, a paixão de suas investidas. Em geral, os primeiros não conseguem ir muito além de uma visão mais ou menos datada, em que pesem tanto seus valores enquanto intérpretes quanto o imprescindível legado da História, a qual todos os criadores atuais minimamente responsáveis devem de toda forma amar, ainda que não acima de qualquer suspeita (pois que a História é feita pelos homens, e somente isso já justifica certa desconfiança, na medida certa para que possamos desfrutá-la sem que nos deixemos intoxicar por ela, deixando de reconhecer o papel da invenção no presente). Confinado ao repertório já cristalizado, o primeiro tipo de intérprete mostra-se, em geral, avesso à atualidade mais radical da música; seu espírito, independentemente de sua competência interpretativa, revela-se como inflexível, e sua mente, enferrujada. São, por um lado, excelentes músicos, e, por outro, músicos medíocres. Mas felizmente há os outros intérpretes, inquietos, comprometidos com o andar (às vezes necessariamente lento) da carruagem, companheiros de viagem dos compositores atuais, atuantes e sobretudo inventivos, que, na verdade, nada mais são que os Liszts, Chopins ou Schumanns de outrora. Paulo Passos e Joaquim Abreu (o Zito) inscrevem-se, com seu notável Duo, nessa louvável categoria de intérpretes inconformados, exigentes, perfeccionistas e especuladores, no melhor sentido da palavra. Encorajam compositores a novas criações, as interpretam com destreza ímpar, e divulgam a nova música. São, em essência, músicos tão radicais quanto nós, compositores especulativos. E a eles agradecemos de coração, mente e ouvidos abertos, pois que sem eles a linguagem musical poderia perecer ou, no máximo, sair da carruagem e andar a pé.”- Flo Menezes, São Paulo 30/01/06.