Valor(es): R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (estudantes e idosos)
Horário: Quarta 21 hrs Quinta 21 hrs
NOITES DE GALA, SAMBA NA RUA
Mônica Salmaso lança seu segundo CD inédito pela Biscoito Fino, Noites de Gala, Samba na Rua, só com músicas de Chico Buarque. O disco é todo gravado ao lado do quinteto Pau Brasil, formado por Nelson Ayres (piano), Paulo Bellinati (violão e cavaquinho), Teco Cardoso (sax e flauta), Ricardo Mosca (bateria e percussão) e Rodolfo Stroeter (baixo e produção do álbum).
A química entre a voz precisa de Mônica, a sonoridade jazzística do Pau Brasil e as canções de Chico Buarque, perpassa quatro décadas de criação do maior compositor brasileiro. Compositor cultuado por Mônica desde o início de sua carreira, Chico Buarque convidou a cantora para participar de seu mais recente CD, “Carioca”, com quem dividiu os vocais em “Imagina”.
O repertório contempla diversas fases do autor. Do Chico inicial, tratado como herdeiro de Noel Rosa na prolífica década de 60, Mônica selecionou quatro faixas. Os sambas “Quem te viu, quem te vê” (de cujos versos foi retirado o título do álbum) e “Logo eu” ; o clássico “Morena dos olhos d´água” e o raro e irresistível maxixe “Bom tempo”.
Da década de 70, período em que as canções de Chico Buarque tornaram-se emblemas contra a ditadura estão “Construção” (aqui flertando com a música contemporânea), “Partido Alto”, “Basta um dia” (da peça “Gota D´água”) e “Olha Maria”, parceria de Chico com Tom e Vinicius. Nos anos 80, quando Chico incorporou definitivamente a condição de unanimidade nacional, entram “A volta do malandro” (feita para o filme “A Ópera do Malandro”, de Ruy Guerra); “Beatriz” e “Ciranda da bailarina” (parcerias com Edu Lobo para “O Grande Circo Místico”); “O velho Francisco” e “Suburbano coração”. “Você, você” (parceria com Guinga) é a faixa da sofisticada maturidade de Chico, a partir dos anos 90, selecionada para este álbum.
Mesmo tendo ligação forte com o Pau Brasil, é a primeira vez que Mônica canta acompanhada por todos eles. Ela conta: “Com Paulo Bellinati, gravei meu primeiro CD, Afro-Sambas. Rodolfo Stroeter é o produtor dos meus discos desde Trampolim, de 1998, relançado pela Biscoito Fino em 2006. O Teco Cardoso, com quem hoje eu sou casada, trabalha comigo desde 1998 em discos e projetos, como a Orquestra Popular de Câmara. Ricardo Mosca eu conheço desde 1990, quando comecei a cantar. E com o Nelson Ayres trabalhei pela primeira vez em 1993, quando ele me convidou para participar de uma edição de O Grande Circo Místico”, explica.
“Chico recebeu uma cópia do CD ainda antes da mixagem. Ele telefonou pessoalmente pro Rodolfo e pra mim, dizendo que ficou muito emocionado”, reverencia Mônica, cabrocha de alta classe em noites de gala e samba na rua.