Entre os dias 22 e 31 de outubro, a coordenação do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC) integrou a força-tarefa que vistoriou museus catarinenses, liderada no estado pelo Ministério Público de Santa Catarina. Foram visitados o Museu da Paz e o Museu Histórico Emílio da Silva em Jaraguá do Sul, o Museu Histórico Anita Garibaldi, em Laguna, o Museu Willy Zumblick, em Tubarão, o Museu Major Lara Ribas e o Museu Homem do Sambaqui Padre João Alfredo Rhor, em Florianópolis e o Museu da Colonização Professor Francisco Serafim G. Schaden, em São Bonifácio. A iniciativa, motivada pelo incêndio que atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro, integra uma ação nacional que fez visitas a diversos museus. Essa foi a primeira etapa das ações de fiscalização.

Conforme o coordenador do SEM/SC, Renilton Assis, que acompanhou a visita nos sete espaços, o principal problema constatado é a ausência de equipe técnica profissional qualificada, especialmente museólogos e conservadores. “Isso implica no descumprimento do Estatuto dos Museus, que coloca em risco a gestão e a preservação do patrimônio. A maioria dos museus provoca grande preocupação em relação à preservação dos bens culturais”, destaca.

Entre as principais constatações é que, das sete unidades visitadas com a presença do SEM/SC, apenas uma tinha Plano Museológico. Além disso, apenas três afirmam ter Plano de Segurança. Foram identificados também problemas de fiação elétrica exposta, umidade, condições inadequadas para exposição, como entrada direta de luz solar ou acervo sem nenhum tipo de proteção nem gestão. Os relatórios do SEM/SC foram enviados esta semana ao MPSC, que será responsável pela sistematização dos dados coletados pelos demais órgãos envolvidos.

Além das unidades visitadas pelo SEM/SC, a vistoria também foi realizada em outras instituições museológicas, entre as quais, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), em Florianópolis, e o Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul.