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Entre os dias 18 e 19 de novembro, o Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa, receberá parte da programação do Festival de Fotografia Floripa na Foto.

Em sua sétima edição, o Floripa na Foto propõe o tema “PEQUENAS REVOLUÇÕES” para nortear sua programação e apontar para a necessidade de compreender que viver é um ato político. Com uma programação voltada para rodas de conversas, exposições, projeções e lançamento de livros, o evento abre espaço para pensar as ações pessoais e/ou coletivas que geram mudanças capazes de transformar o entorno, melhorar a qualidade de vida, tornar o nosso dia a dia mais sustentável, ou seja, o poder que cada um tem para começar grandes mudanças a partir de pequenas ações.

:: Clique aqui e confira a programação

O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) promoverá no dia 17 de novembro, às 19h, a palestra "[Inde]pendências: lutas, avanços e conquistas do povo negro". A atividade em alusão à Semana da Consciência Negra contará com as participações de Ágata Vicente (Central Única das Favelas de Santa Catarina), Karina Marcelino (Universidade Federal de Santa Catarina) e Marcelo Silva (Antropologia/UFSC), com mediação de Lisandra Pinheiro (Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura).

O evento integra, também, as ações do ciclo de debates "[Inde]pendências Protagonismos, Comemorações, Memórias e Narrativas", dentro da programação complementar da exposição "[Inde]pendências e seus Desdobramentos no Contexto Catarinense em alusão ao bicentenário da Independência", em cartaz até março de 2023 no MHSC. O encontro ocorrerá na sala do Núcleo de Ação Educativa (NAE) do Museu e tem classificação indicativa livre.

Sobre os palestrantes:

Ágata Vicente: bacharel em Administração de Empresas com especialização em Liderança e Coaching para Gestão de Pessoas, é técnica em eventos, mobilizadora social, coordenadora estadual de Santa Catarina da Central Única das Favelas (CUFA) por cinco anos; Diretora Social e de Eventos da Escola de Samba Unidos da Coloninha por dois anos; Diretora Social da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis por um ano; integrante do movimento de empoderamento feminino Amigas Crespas por quatro anos; e integrante do Coletivo Cultural Ação Zumbi desde 2019.

Karina Marcelino: doutoranda em Administração, mestra em Administração, pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e graduada em Administração Pública, é servidora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professora nas Faculdades SENAC e SENAI e em cursos preparatórios para concurso público. Ex-presidente da Comissão de Validação de Autodeclaração de Pretos, Pardos e Negros da UFSC. Membra de Comissões de Validação de Autodeclaração de Pretos, Pardos e Negros. Membra de Comissão de Implantação da Cátedra de Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial da UFSC. Áreas de interesse: gestão pública, gestão de pessoas, gestão universitária, relações étnico-raciais e políticas de ações afirmativas.

Marcelo da Silva (Marcelo 7 Cordas): pós-doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC e doutor pela UFRGS (2017), mestre em Antropologia Social pela UDESC (2012) e graduado (Bacharel e Licenciado) em História pela mesma instituição, é músico, sambista e atua como coordenador da Comissão Parlamentar de Carnaval da Grande Florianópolis e Políticas Públicas voltadas para o Carnaval, compõe a Diretoria Executiva da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (LIESF), no cargo de Diretor de Acervo e é Diretor Musical do Grêmio Recreativo e Escola de Samba Vermelho e Branco, de Florianópolis. É pesquisador convidado do Observatório de Práticas Escolares da OPE/UDESC/FAED, atuando como coordenador do GT - Pluriversal, Escola, Diversidades e Religiosidades, do Grupo de Estudos Latino-Americanos - AYA/UDESC/FAED e do Grupo de Pesquisa, Oralidade Performance - GESTO/UFSC/PPGAS.

Serviço:

O quê: Palestra [Inde]pendências: lutas, avanços e conquistas do povo negro
Quando: 17/11/2022, às 19h
Onde: Sala do Núcleo de Ação Educativa (NAE) do Museu Histórico de Santa Catarina
Localizado no Palácio Cruz e Sousa - Centro - Florianópolis
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre

O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), localizado no Palácio Cruz e Sousa, receberá, no dia 12, o espetáculo Dentre. A apresentação faz parte do Programa de Integração e Descentralização da Cultura (IDC) e terá entrada gratuita, com duas sessões: às 19h e às 21h.

Saiba mais sobre o espetáculo:

Artista: Karma Coletivo de Artes Cênicas

Categoria: Dança

Resumo/sinopse: Aproximar corpos, adentrar arquiteturas, sobrepor desejos. Dentro de um espaço, fora de um lugar, dentre linguagens. Rastros de movimento, imagem e som. procedimentos, abalos e rupturas. A intérprete arquiteta de si e de sua trajetória, encontra no seu corpo um dançar entre, no meio de e apesar de.

Sobre o coletivo: A Karma Coletivo de Artes Cênicas formada pelos artistas Leandro Cardoso, Lídia Abreu e Mauro Filho estabelece relações nas intersecções das linguagens da dança, teatro e performance. A pesquisa coletiva tem foco em conceitos como dramaturgia expandida, fisicalidade e presença. Seus trabalhos buscam dialogar com o tempo presente, através de procedimentos cênicos, ações de formação e encontros.

Serviço:

Espetáculo Dentre

Data: 12 de novembro, sábado

Horário: 19h e 21h

Local: Palácio Cruz e Sousa – Museu Histórico de Santa Catarina

Endereço: Praça XV de Novembro, 227 – Centro, Florianópolis

No mês do bicentenário da Independência do Brasil, o Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) recebe a exposição "[Inde]pendências e seus transbordamentos no contexto catarinense", que procura relembrar, desconstruir, ampliar e atualizar o conceito de Independência extrapolando os marcos históricos vigentes associando-os ao contexto catarinense e à contribuição destes na formação do ethos local. Assim, o MHSC possibilita conhecer o passado e, com base nele, construir outros olhares e interpretações a partir de imagens e vestígios preservados em museus, instituições culturais, ateliers de artistas e acervos particulares.

A partir da proposta, o público confere obras dos artistas Bruno Barbi, Dakir Parreiras, Eduardo Dias, Fernando Lindote, Guttmann Bicho, Hiedy Assis Corrêa (Hassis), Joseph Bruggmann, Juarez Machado, Leandro Serpa, Márcio César Coelho, Osmarina Villalva, Sebastião Ferreira Fernandes, Sérgio Adriano H., Silfarlem, Suely Beduschi e Willy Zumblick, com curadoria de Marcelo Pereira Seixas, administrador do MHSC.

A exposição faz parte da 16ª Primavera dos Museus.

Serviço:

O quê: Exposição "[Inde]pendências e seus transbordamentos no contexto catarinense"
Abertura: 24/09/2022, às 9h30
Visitação: até 4 de março de 2023. Segundas-feiras, das 13h às 17h; de terça a sexta-feira, das 10h às 17h; e aos sábados, das 10h às 14h.
Local: Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) - Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de Novembro, 227 - Centro - Florianópolis
Classificação: livre
Entrada gratuita.

Santa Catarina tem sua primeira Mestra de Artes e Ofícios devidamente reconhecida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), desde a criação do Decreto-Lei 2504/2004. A artesã, costureira, professora, decoradora, cozinheira, oficineira, artista e carnavalesca Valdeonira Silva dos Anjos recebeu o certificado de registro em uma cerimônia cheia de emoção e referências à cultura afro-brasileira, realizada nesta terça-feira, 30 de agosto, no Palácio Cruz e Sousa.

A homenagem veio às vésperas de a manezinha, natural do Morro da Caixa, completar 87 anos e diz respeito ao trabalho que dona Val, como é conhecida, realizou ao longo de sua vida como replicadora da arte do fuxico. A técnica artesanal utiliza retalhos de tecidos, cortados e costurados em moldes circulares, a partir dos quais são montadas peças de vestuários, utilidades domésticas, adornos e assessórios de moda e obras artísticas/contemplativas. Além de contribuir para a preservação da cultura, ainda gera emprego e renda aos artesãos.

Não há um registro preciso sobre as origens do fuxico, porém algumas pesquisas apontam para seu surgimento ainda no período escravocata brasileiro, quando, nas senzalas, sobretudo da região nordeste, mulheres aproveitavam sobras tecidos roupas confeccionadas para os residentes da casa-grande, para criação de adornos e materiais utilitários como almofadas, roupas e bolsas. "O fuxico é uma das armas de liberdade dos escravos", definiu a homenageada durante a solenidade de entrega do registro.

"As potencialidades que permitem à senhora Valdeonira a titulação de Mestra se fazem não necessariamente por ela ser a única detentora da técnica de fuxico, ou por se destacar através de 'algum grande feito heróico'. A excepcionalidade da senhora Valdeonira se faz justamente porque ela representa gerações de mulheres negras que foram, e são, ainda, a base da estrutura de uma sociedade demarcada pelos papéis de gênero e das segregações por raça, mas que raramente são retratadas nos livros de história ou dignas de homenagens em monumentos ou placas. E também porque muitas mulheres negras se reconhecem nela, compreendem que, dentro das perspectivas filosóficas de matriz africana, a valorização do conhecimento dos mais experientes, das trocas de conhecimento e das convivências que se baseiam na valorização dos princípios da coletividade e dos sentidos do viver em comunidade, nas quais pessoas como a senhora Valdeonira se destacam", avalia o parecer emitido pelos técnicos da FCC para a concessão da honraria. A certificação nada mais é do que a legitimação institucional de algo que já é reconhecido junto à comunidade com a qual a Mestra tem contato.

Sobre a homenageada

Valdeonira Silva dos Anjos nasceu no Morro da Caixa, região central de Florianópolis (SC), em 26 de setembro de 1935. Foi aluna da professora e deputada Antonieta de Barros no ensino básico e se formou em Estudos Sociais, com habilitação em História, em 1991. Foi professora da rede de educação básica em escolas públicas da região de Florianópolis até sua aposentadoria.

Ministrou diversos cursos de artesanato, com ênfase nas técnicas de fuxico, atuou em agremiações carnavalescas, organizações associativas, conselhos municipais e estaduais, além de organização de eventos, geralmente ligados a manifestações artísticas e culturais afro-brasileiras. É uma das fundadoras da Associação das Mulheres Negras Antonieta de Barros (AMAB), dedicada a discutir políticas públicas e valorização do trabalho da mulher negra.

"Pelas experiências de vida de Valdeonira Silva dos Anjos, entendemos que ela traz consigo essas perspectivas de valorização dos saberes a partir das formas como se empenha em transmití-los", resume o parecer.